“Vamos percorrer uns anos de história feminina, desde a época do rasgar soutiens, ou a libertação dos espartilhos.“
Nossa, que agora estou a me sentir uma velhota de 100 anos! Muita calma nesta hora, não é bem assim!
Vamos percorrer uns anos de história evolutiva feminina, desde época do rasgar soutiens, ou, a libertação dos espartilhos.
Vejamos! Uma mulher do século passado, pergunta-se diariamente; onde avançamos? Quais foram às verdadeiras conquistas? Qual a vantagem em dizer que temos liberdade?
Tudo isso é muito novo para quem nasceu há décadas, todavia, nos adaptamos, somos chamados pelo codinome geração X.
Nossa geração X (1960 – 1980) saía de casa para labutar o pão de cada dia aos 14 anos, levando na bagagem apenas a educação recebida dos pais. Hoje, somos considerados materialistas e individualistas. Não nascemos no ambiente digital, todavia, nossa capacidade de adaptação às novas tecnologias, é simplesmente espetacular. Segundo os especialistas, entramos na tal geração “Millenials”, menos apegados, descompromissados e um tanto apressados, digamos que, querem começar pelo último degrau da escada.
Nossa geração trazia certa inocência e ingenuidade, o mundo cá fora era assustador, não raro nos depararmos com divergências na educação das pessoas e a falta de gratidão com tudo a sua volta.
Nós, mulheres do século passado, fomos educadas para ser dona de casa, lavar, passar, cozinhar e coser fazia parte do aprendizado, gente! Que mal há nisso?Hoje me parece que as pessoas sentem-se envergonhadas ao serem chamadas de dona de casa.
O mais engraçado desta história toda é o seguinte: A exposição de atributos físicos, considerados os padrões de beleza, não ofende? Ora vejam! Aparecer como índios de tanga em fotos públicas, para vender algum produto, isso é normal!
A evolução da qual alardeiam, não foi nada comparado às cobranças que por incrível que pareça ainda nos persegue, eu explico; esta geração nova, com toda a tecnologia a disposição, ainda incutam a responsabilidade dos cuidados com a cria e a casa, somente a mulher, ou não? Não é raro ouvir que os rebentos belos e educados, são assim porque o pai educou, e quando algo dá errado na educação, rapidamente ouve-se; cadê a mãe? Ora, pois! Estamos a continuar como no século passado!
Hoje se fala tanto em assédio, isto aprendemos lá atrás ser errado, não devemos aceitar nunca, para isso desde muito cedo é preciso se defender, hoje qualquer menção de defesa, saem em retaliação, dizendo que estamos a incitar a violência.
Toda e qualquer atitude vira um caos nas redes sociais, é muito mimimi… Nós mulheres não precisamos sair rasgando soutiens, deixar de usar salto ou não depilar as axilas para que sejamos aceitas e consideradas competentes. Devemos lembrar que somos iguais no contexto de inteligência, esqueça gênero.
Como uma mulher do século passado, temos que nos orgulhar de saber lavar cozinhar, limpar, coser, etc., e onde está o mal nisto? E detalhe! Poder também chegar a um cargo executivo em uma grande empresa!
Mulheres! Sejamos nós de qualquer época, mas com orgulho de tudo que podemos realizar como mães, esposas, filhas e profissionais. Em momento algum quero ofender feministas e machistas, cada um faz o pensa ser certo, e todos devem ser respeitados em suas opiniões.
Precisamos antes de qualquer coisa, ser um humano correto, e levar a vida com honestidade e ética, que são as únicas coisas que podem diferenciar um ser de outro.
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024