O Olhar de Dilma Por Carlos da Terra
Muito se fala sobre um provável e iminente impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando o país se encontra à beira de um abismo.
Quando se atinge esse grau de dificuldades, em geral a grande massa infere ao maior mandatário a responsabilidade pela crise e cega-se para os eventuais acertos de seu programa político.
Basta que nos perguntemos sobre a Dilma: “O que foi que ela fez?” Não encontraremos nada que ela tenha feito em detrimento da nação.
Por outro lado o ex presidente Lula e seus asseclas, esses sim levaram o país à bancarrota. Toda a roubalheira da Petrobrás e todo o dinheiro mal investido em programas sociais indevidos e em obras faraônicas supérfluas que poderiam ter sido substituídas por obras de muito melhor resultado e também de muito menor custo, foram, sem dúvida, realizadas pelo PT.
Mas a Dilma não é do PT? Circunstancialmente é, mas olhando-se para seu caráter e para a direção do seu olhar vemos que ela tem pouco ou quase nada desse partido corrupto.
Já o disse Fernando Henrique Cardoso e eu venho dizendo há tempos: “Dilma Rousseff é uma mulher honrada”. É uma mulher que já colocou em risco sua própria vida, por não concordar com injustiças sociais e com a aviltante política dos pelegos.
E quem, como eu, viveu de perto aqueles momentos terríveis sabe o que é sentir o frio na espinha e o medo de morrer à qualquer hora.
Diga-se de passagem, e é necessário frisar muito bem, que o PT nada tem a ver com os movimentos de libertação dos anos 70. Nada mesmo. Os movimentos dos anos 70 eram conduzidos pela Var Palmares, MR 8, Colina e outros.
Em nenhum deles estavam o Lula ou o José Dirceu. O Lula, por exemplo, era um líder sindical. O que ele queria era um aumento de dinheiro para os salários dos trabalhadores. Aqui cabe uma ressalva: “trabalhadores”, para o Lula queria dizer exclusivamente “metalúrgicos”. Ou seja, ele não era um líder do povo e sim um líder dos metalúrgicos, uma parcela da população.
Formou-se então o PT que era por assim dizer o “âmago de Maria Joana”. Entrava quem queria e uns ditos revolucionários que se escondiam sob as camas em momentos de pressão, oportunamente aderiram ao funesto partido e ganharam eleições. O José Dirceu jamais fez qualquer coisa senão liderar a UNE. A UNE é uma instituição estudantil que, muitas vezes, serve aos filhos das classes burguesas que querem praticar um pouco de política para depois, quando se formarem, continuarem no poder que pertence aos seus pais. São, geralmente, membros da classe dominante os que chegam a liderar o UNE. Daí mataram o Celso Daniel que ia denunciar maracutaias e tudo o mais.
Bom… e para onde vai o olhar de Dilma?
Dilma olha para o “mais médicos”, muito criticado porém muito necessário para um país em que o povo paga uma consulta absurdamente cara apenas para fazer uma avaliação física ou apenas para uma avaliação da visão.
Imagine? Pagar para uma avaliação.
E se você não tiver dinheiro vai morrer na porta de uma clínica como já aconteceu várias vezes.
Precisamos de médicos que gostem da profissão e não apenas de dinheiro.
Dilma olha para isso. Dilma olha também para o “Minha Casa Minha Vida”. O Brasileiro quer ter o seu cantinho para morar.
Não se faz necessária maior ponderação. Dilma olha fundamentalmente para a Educação. Quem aí não sabe que a Educação é o cerne de toda a evolução humana. O Brasil é um país que não valoriza a educação e por isso está como está. Dilma olha para a Educação criando muitas faculdades e escolas profissionalizantes além de prover muitos convênios e hoje temos muitos estudantes em diversos países, fazendo cursos, aperfeiçoando-se para assim servirem ao povo.
Acham que essas coisas “afundou” o Brasil?
Não! Nada disso.
Essas coisas são muito baratas comparadas às besteiras praticadas no governo Lula, do PT. O olhar de Dilma é para o Brasil.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.