Reflexões em tempo de quarentena — educação dos filhos
Na sociedade e cultura brasileiras, a educação é pensada como sendo responsabilidade da escola e a maioria dos pais se exime da responsabilidade educacional. Não resta a menor dúvida que compete à pedagogia — portanto à escola — a função de organizar as atividades adequadas para que os discentes aprendam os conhecimentos e habilidades necessários à sua formação tanto pessoal quanto membros da sociedade.
Mas se a pedagogia é pertinente às instituições escolares, de maneira exclusiva dir-se-ia, a educação não é exclusividade dessas instituições, mas a educação compete a todos: pais, famílias, associações culturais ou esportivas, mídia e comunidades locais. Cada uma dessas instâncias exerce sua função de maneira que lhe seja conveniente.
Em época de confinamento, embora em alguns países e no Brasil, em alguns estados e municípios foram adiantadas as férias, cabe à constelação familiar ocupar e educar as crianças e os filhos ou aqueles de quem são responsáveis. Objetar-se-á que não se improvisam educadores ou professores, mas isto no momento não está em cogitação. O fato é que filhos e filhas, as crianças estão em casa em vez de frequentar as escolas.
Não vou apresentar receitas, apenas vou fazer algumas ponderações. Além de repensar sobre nossa responsabilidade na educação dos que são fruto de nosso sangue ou dos que nos foram confiados, estamos cientes dessa responsabilidade.
Os pais, em geral, pouco se preocupam com o excesso de tempo que as crianças e os adolescentes passam jogando videogame. Este hábito, que deixa os pais ‘despreocupados’, pode se tornar um vício muito prejudicial e que, portanto, eles precisam fixar horários certos para este tipo de lazer. Os responsáveis terão conquistado uma grande vitória educacional se conseguirem que seus filhos, de todas as idades, tiverem a disciplina de traçar um horário de atividades e de segui-las.
Aparece agora a oportunidade de fazer certos exercícios físicos para se tornarem mais saudáveis, em vez de frequentarem em demasia os sofás para assistir programas de televisão.
Para não alongar mais estas reflexões, apresento alguns hábitos que os pais podem conseguir na educação dos filhos:
- Que eles façam suas tarefas mesmo quando não estão dispostos a isto.
- Pratiquem atividades esportivas mesmo quando não estiverem a fim.
- Não se apressar em sentar-se à mesa, embora sintam fome.
- Seguir os horários estabelecidos pessoalmente. As crianças precisam aprender a se programar.
- Fazer bem o que deve ser feito, sem cara feia. Manter o bom humor mesmo nas situações difíceis.
Por último, considerando que estão em casa durante 24 horas, será que não haverá um tempinho para exercer ou aprender a meditar e, quem sabe, rezar?
Alvino Moser é professor do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024