19 de junho – Dia do Cinema Nacional – Saiba um pouco sobre a história do cinema nacional com a produtora Elisa Tolomelli

Em 19 de junho do ano de 1898, Afonso Segreto, a bordo de um navio francês, fez as primeiras imagens da Baía de Guanabara e dos arredores. A partir dessa filmagem, os irmão Segreto, Pascoal e Afonso, registraram os principais acontecimentos cívicos e festivos do país, pelas lentes de uma câmera Lumière, sendo reconhecidos até meados de 1903 como os únicos produtores do Brasil. Desse início, outras imagens foram surgindo, feitas de outras regiões do Brasil, como em São Paulo, e o cinema nacional foi tomando suas primeiras dimensões, projetando, principalmente, os primeiros documentários.

Segundo Elisa Tolomelli, vale lembrar que o Brasil é considerado um dos maiores mercados para a economia criativa entre os países emergentes, sendo apenas o setor audiovisual responsável por um faturamento anual de quase 45 bilhões de reais.

Sua participação no PIB brasileiro chega a 0,46% – maior do que a indústria farmacêutica. São 24,5 bilhões de reais adicionados à economia nacional. Para cada real investido em incentivos públicos, retornam no mínimo três reais aos cofres governamentais das três esferas. Com taxa média de crescimento anual de 8,8%, é um dos setores que mais cresce no país e é responsável pelo emprego de cerca de 335 mil pessoas – somando empregos diretos e indiretos. A arrecadação anual do setor em impostos (diretos e indiretos) chega a 3,4 bilhões de reais.

Os números acima demonstram a força do audiovisual, sobretudo como indústria autossustentável, uma vez que a maior parte dos investimentos provem da contribuição arrecadada pelo própria atividade com a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), instituída pela Medida Provisória 2.228-1/2001 exclusivamente para o desenvolvimento do setor. Seu produto de arrecadação compõe o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) – o maior mecanismo de incentivo ao audiovisual brasileiro.

Elisa é Responsável pela produção executiva de filmes de sucesso internacional, como Central do Brasil (indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro/99; eleito melhor filme em Berlim/98), Cidade de Deus (indicado em 4 categorias ao Oscar de 2004 e vencedor de 52 prêmios internacionais) e Lavoura Arcaica, multipremiado em todo o mundo, Elisa Tolomelli também acumula experiências em outras etapas da produção nas áreas de cinema e televisão, incluindo roteiro, direção e distribuição – como Diretora Comercial da RioFilme, aliás, comandou o lançamento de mais de trinta filmes, entre eles Terra Estrangeira.

Na área da educação, ministrou aulas de Produção e Produção Executiva em diversas instituições, inclusive nos programas de pós graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) e Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), ambas no Rio de Janeiro. Produziu  o projeto Oficinas Itinerantes de Cinema, patrocinado pela Petrobras, que tinha como objetivo capacitar e reciclar profissionais do cinema fora do eixo Rio – São Paulo.

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