“Nós militares jamais aceitaríamos um julgamento político para destruir um presidente.“
Desta vez o Jair Bolsonaro se superou: conseguiu colocar quatro mentiras cabeludas e um patético ato falho em apenas 11 palavras. Se não, vejamos:
1. Ele mente ao se incluir-se entre os militares, pois, após ser preso e condenado por insubordinação, indisciplina e planos terroristas, acabou revertendo a decisão e se salvando da expulsão na bacia das almas, pois os altos comandantes temeram a má repercussão pública.
Pediu afastamento temporário para candidatar-se a vereador, conquistou uma vaga e, ao assumi-la em 1988, foi reformado ex-officio como capitão da reserva.
Finalmente, em março de 2015, deixou de ser um militar da reserva, tornando-se apenas mais um capitão reformado e não tendo nenhum direito de falar em nome dos militares da ativa, assim como os pijamados que disparam manifestos golpistas às dúzias também não o têm.
2. Ele mente ao pretender que os militares da ativa atentarão contra as instituições para evitarem que ele perca o mandato por ter sido beneficiário da maior fraude eleitoral da História deste país ou para impedirem que seja impichado pelo rosário de crimes de responsabilidade que cometeu para evitar variadas condenações a ele e aos seus filhos.
3. Ele mente ao apresentar-se como um coitadinho que sofrerá julgamento político por parte do TSE, pois o crime eleitoral do qual resultou seu catastrófico mandato saltou aos olhos e clamou aos céus.
Daí ele estar blefando com tamanha insistência, como se realmente pudesse dar um autogolpe agora, quando está no auge da desmoralização e impopularidade: sabe muito bem que sua chapa jamais deveria ter sequer disputado o 2º turno após o esquema fraudador do pleito ter sido exposto pelo principal jornal do país.
4. Ele mente ao dizer que o TSE pretende destruir um presidente. O que a Justiça Eleitoral certamente fará é destituir um candidato que encontrou uma nova e desconhecida gazua para arrombar o cofre, mas cujos artifícios ilegais foram totalmente desmascarados desde então. Quanto a destruir Bolsonaro, ninguém jamais conseguirá fazê-lo com tanta eficiência quanto ele mesmo.
5. Ele cometeu ato falho ao deixar nitidamente perceptível que sua insistência em bajular militares sempre se deveu à intenção de usá-los para proteger-se das consequências das ilegalidades e estupros da Constituição que planejava cometer como presidente. Assim como garotinhos chorões se escondem embaixo da saia da mãe, ele pretende esconder-se por trás das fardas dos militares.
Resta saber se os fardados se prestarão a papel tão infame e vexatório. Eu não só tenho fundadas esperanças de que se recusem a desonrar o juramento que fizeram à nação, como minhas análises e as informações de bastidores que obtenho indicam que não o farão.
O Exército Nacional não haverá de ser o leão-de-chácara de um presidente que sabota medidas sanitárias e se torna responsável direto por milhares e milhares de mortes evitáveis; que tudo faz menos arregaçar as mangas e trabalhar a sério; e que tenta agora virar a mesa para continuar não governando até a destruição total do nosso país. (por Celso Lungaretti)
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024