Canção refugiada
Morte rastejando nas telhas,
Fantasmagóricas visões
Nos entulhos, sob as centelhas
Dos clarões do fogo dos canhões;
Fome e rubor escancarados,
Sem direção sem vez, sem voz;
Mar, cerca de arames farpados,
É mais que a fatalidade atroz
De remotos tempos passados.
Lançai estes belos olhos verdes
Lá, nos vergéis da longa estrada,
Para a amarga história hoje verdes,
Numa canção refugiada,
Longe de simulações valverdes.
Antônio Fernandes do Rêgo
aferego@yahhoo.com.br
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