Artigo de Reinaldo Canto: 'Jornalistas debatem as transformações da profissão e do planeta no VI CBJA'
De ponta, a tecnologia recria o fazer jornalístico e o futuro da profissão
Na outra ponta, as mudanças climáticas transformam o planeta. Entre elas, experimentam-se outras formas de desenvolvimento, das comunidades locais às grandes economias. Vivemos um “mundo em transição”. E este é o tema que conduz os debates do VI Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (VI CBJA). Acontece no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, entre os dias 20 e 22 de outubro, com organização da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e Instituto Envolverde.
O CBJA é o principal evento para jornalistas e profissionais de comunicação que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade no Brasil. A cada dois anos, reúne profissionais de todo o país para um diálogo aberto sobre a cobertura ambiental realizada no Brasil e uma atualização sobre temas fundamentais para o desenvolvimento sustentável. O evento também reúne pesquisadores da área de jornalismo ambiental em uma mostra científica reconhecida no cenário acadêmico.
Pautas
Nestes três dias, mesas de diálogo vão avaliar a cobertura da mídia sobre as pautas da sustentabilidade, como: “Mudanças climáticas e a pauta da COP 21”, “Resíduos sólidos e o desafio do século XXI” e “Crise de abastecimento de água: a pauta da urgência”. Já as rodas de conversa priorizam um olhar sobre as mudanças no ambiente jornalístico: “A era da desinformação – a manipulação da opinião pública através da web” e “De que jornalismo o amanhã precisa?” reúne jornalistas que estão refletindo e experimentando nas fronteiras do fazer jornalístico. Um diálogo de peso também está prometido na mesa “Convergência de mídias e novos negócios no jornalismo”, que traz a cri atividade e o empreendedorismo de figuras como Gustavo Faleiros (Earth Journalism Network e Infoamazônia.org), Ricardo Voltolini (Ideia Sustentável) e Bruno Torturra (Fluxo), com mediação de Dal Marcondes (Envolverde).
Renomes
Outros debates sobre jornalismo investigativo, movimentações da legislação ambiental e jornalismo ambiental nas cidades também marcam presença, trazendo a experiência de nomes como Luciano Martins Costa (Observatório da Imprensa), Maria Zulmira (Planetária/criadora do Repórter Eco), Natália Viana (A Pública), Mario Osava (Inter Press Service), Sérgio Lírio (Carta Capital) e Liana John (Camirim Editorial, cinco vezes agraciada pelo Prêmio de Reportagem sobre Biodiversidade da Mata Atlântica).
A abertura fica por conta do testemunho corajoso de Lúcio Flávio Pinto (Jornal Pessoal), que chama a atenção para a linha de frente: “Eu sou da linha de frente e nunca vou sair. Porque isso dá uma qualidade única ao Jornalismo entre todas as Ciências: o ‘eu vi’, o ‘estar na hora certa, no lugar certo’. Vivência. É isso que falta para o jornalismo hoje”, ele adianta.
Depois de três dias de reflexão e crítica, a palestra de André Trigueiro (editor-chefe do Cidades e Soluções/Globo News) promete encerrar o VI CBJA com uma boa dose de entusiasmo. Trigueiro foi premiado mais de 20 vezes pelas suas reportagens e é hoje a maior referência brasileira no jornalismo ambiental televisivo. Ele divide com o público as inspirações de quem enxerga caminhos e papeis estratégicos para o Jornalismo neste cenário de um “Mundo em Transição”.
VI Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Dias 20, 21 e 22 de outubro de 2015
Local: Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, São Paulo
É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI - Instituto Histórico,Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS - Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS - Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL - Academia Itapetiningana de Letras.
É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.