O episódio conhecido como Êxodo do Capivari, no qual centenas de escravos fugiram de fazendas, liderados pelo Preto Pio foi tema de matéria na Revista Caros Amigos, edição de outubro (223/2015) assinada por Marcelo Andriotti
(Carlos Cavalheiro)
A fuga, ocorrida em outubro de 1887, chamou a atenção na época por conta do número de escravizados envolvidos e pela saga que completaram ao sair da cidade de Capivari e caminhar por Porto Feliz, Itu, Sorocaba, São Paulo e Santos.
Na Serra do Mar, Preto Pio foi morto por uma escolta militar, logo após matar um soldado.
Ao ser feita a autópsia no Preto Pio descobriu-se que ele não comia há três dias.
Após sua morte, o exército recusou-se a participar de caça a escravos fugitivos.
Em cidades como Porto Feliz, começaram a vir imigrantes, entre eles os belgas.
Em Sorocaba, a escravidão foi abolida ainda em 1887.
Sete meses depois da morte de Pio, a Lei Áurea foi assinada.
A história do Preto Pio, apesar de sua relevância, comparável a de Zumbi dos Palmares, estava esquecida há alguns anos.
Por esse motivo, o professor de História Carlos Carvalho Cavalheiro publicou um livreto de cordel, em 2007, contando a história em versos no momento em que se comemorava 120 anos do Êxodo de Capivari.
Por esse motivo, a história voltou a ser debatida e o Preto Pio chegou a ser tema de samba enredo no carnaval de Capivari.
Este ano, Marcelo Andriotti entrou em contato com o historiador e outras pessoas para constituir a matéria que novamente traz à tona essa importante história.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.