Flutuação na pista
De hormônios relapsos
Bandas que tocam
Em ritmos desvairados
A dona daquele rebolado
Deixou o rapaz inconformado
A vista assaz desconfortável
Batom sexy, avermelhado
Minissaia, estilo despojado
Sentiu-se, assim, intimado
A chegar e dar um ultimato
Se usa roupas curtas
Sequer presta para ficar de pé
Se sozinha na balada
Mal intencionada mulher
Se opina em temas “masculinos”
Uma encalhada qualquer
São lobisomens uivando grunhidos
Bradando mimetismos sexistas
Machistas contrários às leis da vida
Profanando corpos e biografias
De olhares cegos e fundamentalistas
Estelionatários de horas afetivas
Criminosos acobertados pela hipocrisia
Mulheres diminuídas
A itens de cardápio
A mídia que subsidia
Clichês ultrapassados
A fala intimidatória
Que reprime a liberdade
A dor que castiga
Expressões de feminilidade
A escuta sonegada
Como capricho e futilidade
É sobre viver na guarda
Da sagrada privacidade
A liberdade é invenção feminina
Candura, respeito, vigor, empatia
Não rima com hipocrisia e posse
O machismo é escárnio e morte
A lua se torna de fel
Na virulência possessiva
Policiamento que fulmina
O gozo da autonomia
Matando a autoestima
Em disparos de misoginia
É sobre vestir o que lhe aprouver
E não ter vergonha de ser mulher
Olhar o espelho sem culpa ou dor
Abrigar no seio a totalidade do amor
É sobre o artifício da violência linguística
Das palavras que não deixam marcas físicas
Halo de impunidade, a aprofundar feridas
A manifestação de um nocivo paradigma
É sobre o pertencer a si mesma
É sobre cultuar a própria beleza
Contrapor apatia com resiliência
Decidir o que vale ou não a pena
É dar à luz a delicados poemas
Ser plena, viver a própria lenda
Transcendental
Acima de modas e de esquemas
Afinal
Estereótipos formam a violência
É muito mais do que sobreviver…
É sobre… viver!!!
SOBRE VIVIR
Traducción : Damelis Castillo
Fluctuación en la pista
de hormonas negligentes
Bandas que tocan
en ritmos desvariados
La dueña de aquel bamboleo
dejó al hombre inconforme
La vista sagaz desconfortable
Labial sexy, rojo carmesí
Minifalda simple
Se sintió, así, intimado
al llegar y dar un ultimátum
Si usa ropas cortas:
Ni siquiera sirve para mantenerse de pie
Si está solita en la balada:
Mal intencionada mujer
Si opina en temas “masculinos”:
Una encallada o varada cualquiera
Son hombres lobos aullando gruñidos
vociferando mimetismos sexistas
Machistas contrarios a las leyes de la vida
profanando cuerpos y biografías
de miradas ciegas y fundamentalistas
estelionatários de horas afectivas
criminosos encubiertos por la hipocresía
Mujeres disminuidas
al servicio del Menú del día
La mediática que subsidia
clichés ultrapasados
El comentario intimidador
que reprime la libertad
El dolor que castiga
expresiones de feminidad
El oído enajenado
como capricho y futilidad
Es sobrevivir en la guardia
de la sagrada privacidad
La libertad es invención femenina
candidez, respeto, vigor, empatía
No rima con hipocresía y posesión
El machismo es escarnio y muerte
La luna se torna de hiel
en la virulencia posesiva
Fiscalización que fulmina
el gozo de la autonomía
aniquilando la autoestima
en disparos de misoginia
Es sobre vestir lo que le apruebe
y no tener vergüenza de ser mujer
Mirar el espejo sin culpa o dolor
Abrigar en el seno la totalidad del amor
Es sobre el artificio de la violencia lingüística
de las palabras que no dejan marcas físicas
Halo de impunidad, profundizar heridas
La manifestación de un nocivo paradigma
Es sobre el pertenecer a si misma
Es sobre cultivar la propia belleza
Contraponer apatía con resiliencia
Decidir lo que vale o no la pena
Es dar a luz a delicados poemas
Ser plena, vivir la propia leyenda
Transcendental
Por encima de modas y de esquemas
Al final de cuentas:
Estereotipos forman la violencia
Es mucho más que sobrevivir…
Pietro Costa
Pietro_costa22@hotmail.com
Clipe poético com tradução para o Espanhol, em parceria com a multiartista venezuelana Damelis Castillo:
- Marota mente - 19 de novembro de 2024
- A Lenda do Sertão - 13 de novembro de 2024
- Arrivederci, Itália! - 4 de novembro de 2024
30.06.1981, Brasília/DF, Brasil. Formado em Direito pela Upis. Pós-graduação lato sensu em Globalização, Justiça e Segurança Humana pela ESMPU em parceria com a Ruhr Universitat de Bochum/Alemanha. Assessor Jurídico de 2ª Instância do MPU. Escritor. Poeta. Comendador. Ativista Cultural. Ex-Presidente da Academia Cruzeirense de Letras (2018-2020, 2020-2022). Membro de Academias Literárias e Entidades Culturais no Brasil e no exterior. Membro da Literarte. Membro VIP da Rede Sem Fronteiras. Membro do IICEM. Chancellor of the Arts – International Arts Committee. Membro da ALSPA. Preceptor do Instituto Baronesa de Ensino e Desenvolvimento Humano. Embaixador da Paz da OMDDH. Dr. Honoris Causa em Literatura, Ciências Jurídicas, Direitos Humanos e Humanidades. Autor de 8 obras literárias (Entre a Caneta e o Papel, 2018; A Rosa dos Ventos, 2019; Juras de Poesia Eterna, 2020; Urbanos, 2020; Lua a Pino, 2021; Autopoiesis, 2022; Nos Labirintos da Palavra, 2022; Sol Ridente, 2023). Coautor de mais de 300 coletâneas. Várias honrarias, prêmios e títulos.
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