Genealogista José Luiz Nogueira: Curiosidades toponímicas
(repassando)
1. Antonio Olinto
Homenagem a Antonio Olinto dos Santos Pires, que foi ministro da Indústria, Viação e Obras do governo de Prudente de Moraes e promotor de assentamentos de colonos ucranianos. Em meados de 1938, período politicamente conturbado nas terras paranaenses, o nome da localidade foi alterado para Divisa, desagradando à comunidade local, assim, no mesmo ano, sua denominação voltou a ser Antonio Olinto.
2. Almirante Tamandaré
A denominação Almirante Tamandaré é homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde e Marquês de Tamandaré, nascido na cidade gaúcha de Rio Grande, em 13 de dezembro de 1807 e falecido em 20 de março de 1897, no Rio de Janeiro. O Marquês de Tamandaré foi membro do Conselho Naval Superior e Ministro do Supremo Tribunal Militar. É patrono da Marinha do Brasil.
3. Antonina
O nome Antonina foi homenagem prestada ao Príncipe da Beira – Dom Antônio de Portugal, ainda em 1797. A criação da Vila se deu em 29 de agosto de 1797, deixando para trás o termo Vila do Pilar. A instalação ocorreu a 6 de novembro do mesmo ano.
4.Assis Chateaubriand
Nome que homenageia Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Chateaubriand nasceu na Paraíba em 04 de outubro de 1891, faleceu em 04 de abril de 1968. Em 1923, adquiriu o jornal Correio da Manhã, no mesmo ano o Diário da Noite, que marcou o começo de seu império jornalístico. Foi senador da República e empresário pioneiro da televisão em toda a América do Sul.
5. Barbosa Ferraz
A denominação Barbosa Ferraz foi dada pelos pioneiros, desde os primeiros dias de formação do povoado, em homenagem ao militar Major Antônio Barbosa Ferraz Júnior, paulista de Ribeirão Preto, que também foi um desbravador de sertões, a partir do norte paranaense, na década de 1920.
6. Braganey
Para homenagear Ney Aminthas de Barros Braga, que entre outras coisas, foi Chefe de Polícia, no período de 1952-1954, no governo de Bento Munhoz da Rocha, prefeito de Curitiba em 1954, deputado federal em 1958, governador do estado em 1961/1965 e 1979/1982, senador da República de 1966/1974, ministro de Estado da Agricultura no governo do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, ministro do Estado da Educação e Cultura no governo do presidente Geisel e presidente da Itaipu Binacional.
7. Campo Mourão
O nome da cidade é homenagem ao Dom Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, governador da Capitania de São Paulo no período 1765 – 1776. Naquela época o território paranaense pertencia a São Paulo e os campos da região foram batizados com o nome do governante.
8. Cândido de Abreu
O nome da cidade é homenagem a Antônio Cândido Ferreira de Abreu, homem público que foi prefeito de Curitiba.
9.Capitão Leônidas Marques
A atual denominação é homenagem ao militar Capitão Leônidas Marques, representante do Governo do Estado do Paraná na solução de problemas fundiários no sudoeste paranaense.
10. Carlópolis
É homenagem a Carlos Cavalcanti de Albuquerque, ex-presidente da Província do Paraná. Carlos Cavalcanti nasceu a 22 de março de 1864 na cidade do Rio de Janeiro. Também foi militar e além de governar o estado, foi deputado estadual, federal e senador.
11. Castro
Em 24 de setembro de 1788, a freguesia foi elevada à categoria de vila, desmembrado-se de Curitiba e com denominação de Vila Nova de Castro. O nome da cidade é homenagem a Martinho de Mello e Castro, ministro dos Negócios Ultramarinhos de Portugal, nos anos de 1785 e 1790.
12.Clevelândia
A área do sudoeste do estado estava em zona de litígio fronteiriço, em terras reclamadas pela Argentina e o governo viu-se diante de um impasse, a situação só foi resolvida após o arbitramento do presidente dos Estados Unidos da América, Grover Cleveland, em favor do Brasil. Em 29 de março de 1909, através da Lei n.º 862, a denominação da então cidade Bela Vista das Palmas foi alterada para Clevelândia, em homenagem ao presidente Cleveland, por sua interferência favorável às causas brasileiras.
13. Conselheiro Mayrink
Homenagem a Francisco de Paula Mayrink, que foi um banqueiro, empresário, conselheiro do Império e político brasileiro.
14. Cornélio Procópio
Para homenagear o coronel Cornélio Procópio, que em 1920, era possuidor de cinco mil alqueires de terras na região. Em seguida, o coronel doou a gleba a seu genro, Francisco Junqueira, que fez um loteamento urbano e rural na área.
15. Coronel Domingos Soares
A povoação na localidade iniciou-se a partir da passagem de tropas pela Fazenda Postinho ou Bom Sucesso, de propriedade do Coronel Domingos Soares, que deu nome ao atual município. Domingos Soares foi deputado estadual nas legislaturas de 1908 a 1918. Foi também prefeito municipal de Palmas, nos períodos de 1912 a 1916 e 1924 a 1928.
16. Coronel Vivida
Homenagem a Firmino Teixeira Baptista, o Coronel Vivida. Durante sua vida foi empresário de sucesso e político prestigiado. Participou como chefe da Revolução Federalista. Era irmão do Barão de Monte Carmelo e foi prefeito de Palmas.
17. Cruz Machado
A denominação da localidade é homenagem ao Antônio Cândido da Cruz Machado, senador do Império pela Província de Minas Gerais.
18. Doutor Ulysses
O nome da cidade é homenagem ao deputado federal pelo estado de São Paulo, Ulysses Guimarães, político que se notabilizou pelos discursos inflamados, especialmente contra o governo militar, instituído a partir de 1964. Foi o fundador do MDB – Movimento Democrático Brasileiro, e recebeu o carinhoso apelido de “Senhor Diretas”, numa referência à Campanha Diretas-Já, de autoria do deputado Dante de Oliveira.
19. Enéas Marques
O nome da cidade é homenagem ao acadêmico Enéas Marques, que em 1916 foi secretário de Estado do Paraná do Interior e Justiça.
20. Fernandes Pinheiro
A primeira denominação do atual município de Fernandes Pinheiro foi Imbituvinha. O atual nome da localidade é referência à Estação Ferroviária Fernandes Pinheiro, em homenagem ao engenheiro Antônio Augusto Fernandes Pinheiro, que ocupou o cargo diretor da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul.
21. Francisco Beltrão
A denominação da localidade é uma homenagem ao engenheiro civil e secretário de estado Francisco Gutierrez Beltrão, grande colonizador do Paraná. Seu irmão, Alexandre Beltrão, deu nome a outro município no norte do estado: Engenheiro Beltrão.
22. General Carneiro
O nome da colônia foi uma homenagem prestada ao general Antônio Ernesto Gomes Carneiro, morto no “front” de batalha, a 10 de fevereiro de 1894, na condição de comandante das forças legais, sitiadas na cidade da Lapa, durante a Revolução Federalista.
23. Honório Serpa
Honório Serpa era político que fazia campanha montado a cavalo e trazendo no pescoço um lenço verde, que o identificava como simpático às causas de Prestes.
24. Janiopólis
Homenagem ao estadista Jânio da Silva Quadros, que foi prefeito da cidade de São Paulo por duas vezes, deputado federal e Presidente da República. Ele renunciou à Presidência da nação.
25. Joaquim Távora
Trata-se de homenagem ao tenente Joaquim Távora, irmão do revolucionário Juarez Távora e um dos líderes da Revolução de 1924, em São Paulo, morto durante os combates.
26. Leópolis
O nome da cidade é homenagem a Leovigildo Barbosa Ferraz, sócio da empresa que colonizou o atual município. Leo Barbosa ocupou por diversas legislaturas uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná.
27. Lupionópolis
O nome da cidade é homenagem ao político e empresário Moysés Lupion. Foi governador por duas vezes e, ainda, deputado federal e senador.
28. Mallet
Homenagem prestada ao engenheiro militar, Marechal João Nepomuceno de Medeiros Mallet, que tornou-se Ministro da Guerra.
29. Manoel Ribas
O nome da cidade é homenagem ao político Manoel Ribas, que governou o Paraná de 1932 até 1945, período em que Getúlio Vargas ficou no poder.
30 e 31. Marechal Cândido Rondon e Rondon
Homenagens ao Marechal Cândido Mariano Rondon. Rondon era mato-grossense e Mimoso, uma pequena vila às margens da Baía de Chacororé, no Alto Pantanal. Saiu dali para estudar no Rio de Janeiro, onde se formou em engenharia militar, sendo ainda Bacharel em Matemática, Ciências Físicas e Naturais. Ele também se dedicou a desbravar os sertões do país.
32. Mauá da Serra
O nome dado à localidade foi homenagem a Irineu Evangelista de Souza – Visconde e Barão de Mauá, que foi deputado pelo Rio Grande do Sul em diversas legislaturas.
33. Munhoz de Mello
O nome da cidade é homenagem ao José Munhoz de Mello, que foi parlamentar e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
34. Paulo Frontin
O nome dado à localidade é homenagem ao engenheiro e político André Gustavo Paulo de Frontin, nascido a 17 de setembro de 1860 na cidade do Rio de Janeiro. Politicamente desempenhou as funções de prefeito, deputado e senador de sua terra natal.
35. Porto Amazonas
O nome da cidade é homenagem ao coronel da Guarda Nacional Amazonas de Araújo Marcondes, pioneiro da navegação fluvial comercial no Rio.
36. Presidente Castelo Branco
O nome da cidade é homenagem a Humberto de Alencar Castelo Branco, marechal do Exército que se transformou no primeiro presidente do Brasil após o golpe militar de 1964.
37. Prudentópolis
O nome é uma homenagem ao ex-presidente da República , Prudente de Moraes Barros.
38. Salgado Filho
Constituiu-se em homenagem ao ex-senador da República Salgado Filho, que faleceu em acidente aéreo no ano de 1949.
39. Siqueira Campos
O nome da cidade é homenagem ao tenente Siqueira Campos, líder revolucionário, que sobreviveu ao Levante do Forte de Copacabana, em 1922.
40. Telêmaco Borba
O nome da cidade é homenagem a Telêmaco Borba, sertanista, antropólogo, escritor e político. A partir de 1882 elegeu-se alternadamente prefeito de Tibagi e deputado estadual pelo Partido Liberal.
41. Wenceslau Braz
O nome da cidade é em homenagem a Wenceslau Braz, que foi presidente do Brasil (1914-1918) e ministro do Interior.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.