Nicolau Nagib Nahas: Modernista Catarinense
Nicolau Nagib Nahas, nasceu em 1898, Rio Janeiro. Filho de imigrantes sírios, veio para Florianópolis/SC ainda criança, onde estabeleceu vínculos culturais e profissionais. Casou-se em 1922 com a palhocense Carmen Hoffmann, com quem teve sete filhos: Edson Ruy, Jamille Maria, Talitha Coeli, Gilberto Pedro, Juarez Artur e Hermes D’Alincourt. Em 1934 faleceu com apenas 35 anos de idade na capital catarinense, vítima de tuberculose. Exerceu distintos cargos profissionais na vida pública, mas se dedicava intensamente à vida cultural. Fundador do Centro Catharinense de Letras, destacou-se como produtor literário. Poeta e dramaturgo, atividades que lhe deram amigos influentes na sociedade catarinense, entre eles: Antonieta dos Santos, Delminda Silveira de Sousa, Ildefonso Juvenal da Silva, Trajano Margarida, Osvaldo Mello, Othon da Gama D’Eça, Índio do Brazil, Altino Corsino da Silva Flores, Leocádio Correia… Sua sensibilidade poética enriqueceu colunas de jornais, periódicos, folhetins, livros de poesia e peças de teatro. Além de redator, Nicolau Nagib Nahas foi orador oficial de vários clubes sociais e partidos políticos. Despontou na literatura ainda na juventude, e, aos 18 anos de idade apresentou as obras: “Prelúdios Vespertinos” (1916) e “Hosanas”, esta dedicada ao ilustre catarinense José Arthur Boiteux (1916); “Canções Incultas” (1922), “Boas Festas” (1932). A família publicou post-mortem “Versos de Minha Vida” (1947).
Para o teatro, Nahas, compôs “Ilha dos Casos Raros” (Revista -1926), “BemDito Amor” (Melodrama-1932), “A Cruz” (Entreato). Considerado um dos primeiros modernistas catarinense, fez diversas apresentações da peça ‘Ilha dos Casos Raros’ no Teatro Álvaro de Carvalho, onde dramatizou de forma crítica e irônica a realidade econômica, social e política dos habitantes e da capital catarinense no início do século XX. Um homem à frente do seu tempo, Nicolau Nagib Nahas retratou temas sociais que continuam presentes no cotidiano brasileiro.
Neusa Bernado Coelho
farmaciadobetinho@yahoo.com.br
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Natural de Palhoça/ SC, Neusa Bernado Coelho é farmacêutica, poetisa e historiadora. Atua no Conselho dos Direitos da Mulher e na ONG Pastoral da Criança. Procuradora dos Idosos e tesoureira na Ação Social Paroquial Senhor Bom Jesus de Nazaré. Publicou em 2016 dois livros de Poesias: ‘Além da Imaginação – Família e Amigos’ e ‘Palhoça e Natureza’; em 2019 ‘Tributo a Zilda Arns’ e Organizadora do Livro Infantil ‘A Fadinha Maricela’ das netas Elisa e Sofia, escritoras mirins. Coautora de aproximadamente 60 Antologias. Membra de várias academias nacionais e internacionais: ALBSC de Águas Mornas; Secretária na ALP- Academia de Letras de Palhoça; membra da AJEB (Ass. de jornalistas e escritoras Brasil/SC); Literarte; Luminescense; Cultive Art Littérature Solidarité; N.A.L.A.P; FEBACLA, com o título nobiliárquico de Marquesa; Embaixadora Imortal da Paz pela OMDDH; cofundadora da ABARS. Colunista na Revista Mágico de Oz, Cultive e no Portal on-line cidade de Palhoça: https://portalpalhoca.com.br/coluna/historia-em-foco-com-neusa-coelho/hercilio-pedro-da-luz.