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Exposição começa no dia 25 de setembro em cartaz no Museu da Cidade de São Paulo
A construção do lar, a partir de memórias afetivas, é tema constantemente presente na vida e trabalho do artista plástico Andrey Guaianá Zignnatto. Para a exposição CO YBY ORE RETAMA (Esta Terra é Nosso Lugar), em cartaz a partir de 25 de setembro, no Museu da Cidade de São Paulo – Solar da Marquesa de Santos, ele equilibra forças de universos distintos – vida urbana e ancestralidade indígena – para reconstruir um Tekoa (lar) de fôlego em tempos de sufocamento.
Com curadoria assinada por Sandra Ará Reté Benites e produção de Ellen Navarro serão exibidas obras em diversos suportes, como escultura, instalação, performance, vídeoarte, objetos, pintura e fotografia, que se utilizam de materiais como concreto, cerâmica, saco de cimento, jenipapo, carvão e livros, misturando a vida urbana com o universo das aldeias.
A escolha do Solar da Marquesa não aconteceu por acaso: o centro cultural está localizado onde antes do período colonial paulista foi Inhapuambaçu, aldeia Tupinaky’ia da qual Zignatto é descendente por parte de pai e que sofreu apagamento total de seu universo ancestral. O artista também possui ancestralidade indígena por parte de mãe, dos Guarani Mby’a, povo que o auxilia num processo pessoal de retomada como aba (homem) indígena.
“Apoiado sobre essas poucas memórias que me sobram como herança, na arte e suas muitas potências, me esforço para desenvolver um processo de reflorestamento do universo ancestral de minha família, onde este esforço se inicia no território de meu próprio pensamento e espírito e toma forma em meu trabalho”, afirma o artista.
Memórias afetivas
Os trabalhos são frutos das memórias afetivas da época em que o artista atuou como pedreiro, dos 10 aos 14 anos de idade, e das memórias ancestrais de sua família indígena Tupinaky’ia e Guarani. “A arte é o meio possível que encontrei para equalizar as memórias afetivas de minha vida urbana e de minha experiência como pedreiro participante da construção de cidades com minhas memórias ancestrais indígenas”, comenta.
Embyra
Até 5 de dezembro, no Museu Afro Brasil (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Vila Mariana, São Paulo) , Zignnatto segue apresentando “Embyra”, ou “restos” na língua Tupi, um conjunto de sete obras, entre escultura, instalação, videoarte e objetos, criados a partir das memórias afetivas e ancestrais de sua família indígena Tupinaky’ia e Guarani. A exposição “Embyra”, na visão do artista, é um esforço para equalizar os elementos de dois universos muitos distintos: o urbano e o dos povos originários, de forma a reconstruir seu universo ancestral indígena.
“Embyra” está em cartaz no Museu simultaneamente à mostra “Heranças de um Brasil Profundo”, que reúne mais de 500 objetos entre obras de arte e utensílios da cultura material indígena de raiz brasileira. A exposição encerra a trilogia do Museu Afro Brasil que visa iluminar as contribuições artísticas e culturais dos povos que deram origem ao Brasil, que teve início com Africa Africans, em 2015, e foi seguida por Portugal, Portugueses – Arte contemporânea, em 2016.
Quem é Andrey Guaianá Zignnatto
Eu sou artista descendente por pai dos povos Tupinaky’ia Guaianás que habitaram os territórios onde hoje é chamado São Paulo, etnia indígena que sofreu apagamento total de seu universo ancestral. O que restou deste povo e seu universo são alguns relatos em textos produzidos por seus colonizadores. Por parte de minha mãe, descendo dos Guarani Mby’a, povo que me tem auxiliado num processo pessoal de retomada como aba (homem) indígena. Apoiado sobre essas poucas memórias que me sobram como herança, na arte e suas muitas potências, me esforço para desenvolver um processo de reflorestamento do universo ancestral de minha família, esforço que se inicia no território de meu próprio pensamento e espírito. A reconstrução desse Tekoa* toma forma em cada trabalho produzido durante estas pesquisas e pode se expandir para muitas dimensões durante cada exposição, na experiência do contato entre o público e cada trabalho.
*Tekoa- A literalmente, significa o lugar do modo de ser guarani, sendo esta categoria modo de ser (tekó) entendida como um conjunto de preceitos para a vida, em consonância com os regramentos cosmológicos herdados pelos antigos guaranis.
Serviço:
Nome: CO YBY ORÉ RETAMA (Essa Terra é o Nosso Lugar)
Curadoria: Sandra Ará Reté Benites
Produtora: Ellen Navarro
Local: Museu da Cidade de São Paulo – Solar da Marquesa de Santos
Abertura: 25 de setembro, sábado
Endereço: R. Roberto Simonsen, 136, Sé, Centro Histórico de São Paulo
Dias e horários: terça a domingo, das 11h às 15h
Entrada: Gratuita
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira