Sônyah Moreira – É o que temos para o momento!
Qual motivo leva uma nação, ou melhor, dizer alguns indivíduos de uma nação, que, diga-se de passagem, está passando por um momento extremamente delicado na política e na economia, a ficar cobrando mais pessoas desse sexo, ou pessoas dessa cor de pele. Coisas essas que no tocante ao momento são irrelevantes para se colocar o trem nos devidos trilhos, que pelo que consta foi descarrilado por um governo com o discurso voltado para as minorias?
Vejam! No meu humilde entender, não podemos nesse momento nos algemarmos em discursos feministas ou machistas, devemos sim, cobrar medidas saneadoras, decisões que possam nos levar a saída desse túnel sem luz no final.
Nossa capacidade intelectual independe de nosso gênero, feminino e masculino, somos igualmente capazes ou incapazes, competentes ou ineptos a função que desempenhamos seja ela qual for.
Dizer que retroagimos aos anos 70, que no staff do governo só havia homens, é no mínimo buscar nos fazer de vitima para justificar o atual estado financeiro e econômico de uma nação imensa, é dizer que sendo mulher ou homem teria maior ou menor chance de acertos ou de erros.
Senhores e senhoras parem com tal bravata, esqueçam de gênero, pense que seres humanos juntos podem encontrar soluções, para momentos difíceis. O maior defeito de uma pessoa é procurar culpados para suas derrotas, deixem de lado frases machistas ou feministas, temos que nos unirmos em um bem comum, afinal, não somos uma ilha. Precisamos lutar juntos, pensar juntos, nesse momento dramático pelo que passa nossa pátria carece de união, não de separação de gêneros, não de cobranças, vamos dar tempo ao tempo, afinal consertar o que foi danificado há 500 anos, com uma colonização exploratória deve levar mais uns 500 para purgar a linhagem. Brincadeiras a parte, devo dizer que, nada se arruma como se fosse passe de mágica com uma varinha de condão, mesmo porque, mágicas e milagres só existem em conto de fadas e historietas para boi dormir.
Discursos aguerridos em levantar essa ou aquela bandeira. Ficam apenas nos discursos, uma nação se faz com atos igualmente humanitários e para comunidade como um todo, sem direcionar para esse ou aquele cidadão, essa ou aquela classe social e sim para todos iguais perante a lei dos homens e da criação, sem discriminação de sexos, cor, raça, origem, crença, e por ai vai.
Uma nação é feita de homens, mulheres que são seres humanos iguais, exatamente iguais. É o que temos para o momento! Quem sabe no futuro, haverá algo a mais, em nossos gêneros que possa nos diferenciar nos fazendo superiores ou inferiores, por hora não há nada para sustentar as desculpas de nossas derrotas, baseadas na sorte ou azar de nascer homem ou mulher.
Lembrem-se! “Em “uma revolução famosíssima da Europa houve uma mulher guerreira,” “une femme guerrière”, porém, traída e condenada por homens e mulheres, e depois canonizada por homens. E em outro momento da história um levante revolucionário e patriótico, uma figura daqui mesmo de nossa pátria, “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria” um homem foi condenado à forca e traído por homens.
E nesses dois momentos históricos, em qual gênero deveremos ou poderemos condenar ou absolver as atitudes dos envolvidos?
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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