Eu sou o que quero ser
No mundo não me encaixo
Não me acho
Prepotente ou incompetente
Simplesmente sou só eu
Que o tempo convenceu
A ser como sou
Não me comparo a outros
Faço o que gosto
E quando mostro
Incomoda?
Tem aqueles que criticam
Tem alguns que gostam
E outros que mostram
Que pode ser de outro jeito
No perfeito
Em que se encaixam
Que devo mudar
De outro jeito me encaixar
Não quero
Não esperem
Eu não vou mudar
Nem o Cristo ressuscitado
Foi amado e acolhido
Por alguns
Como posso ser perfeita?
Ser a eleita e agradar
Aos tolos incompetentes
Minha ausência, e indiferença
Posso dar
Quem critica, nem explica
Acho que nem sabe
o que dizer, ou fazer
Não mudo
Já estou velha
Faço o que me der na telha
Os incomodados
Passem folgados
Bem longe
Para não nublar
Meu caminho
Quando eu passar
Se não gostam
Não se importam
Se eu nem mesmo
Os enxergar.
Ivete Rosa de Souza
iveterosad@gmail.com
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Natural de Santo André (SP) e ex-policial militar, é uma devoradora de livros. Por ser leitora voraz, para ela, escrever é um ato natural, tendo desenvolvido o hábito da escrita desde menina, uma vez que a família a incentivava e os livros eram o seu presente preferido. Leu, praticamente, todos os autores clássicos brasileiros. Na escola, incentivada por professores, participou de vários concursos, sendo premiada – com todos os volumes de Enciclopédia Barsa – por poesias sobre a Independência do Brasil e a Apollo 11. E chegou, inclusive, a participar de peças escolares ajudando na construção de textos. Na fase adulta, seus primeiros trabalhos foram participações em antologias de contos, pela Editora Constelação. Posteriormente, começou a escrever na plataforma online Sweek a qual promovia concursos de mini contos com temas variados, sendo que em alguns deles ficou entre os dez melhores selecionados, o que a levou à publicação do primeiro livro, Coração Adormecido (poesias), pela Editora Alarde (SP). Em 2022, lançou Ainda dá Tempo, o segundo livro de poesias, pela mesma editora.