Engano
Imagino que sou a mulher perfeita,
A mais querida e a mais amada
Imagino que por ti fui eleita,
Paro e vejo que não sou nada.
Sorrio contente e sempre feliz
Sem aos outros dar o que saber
Cuido das feridas, cautelosa…
Sem mostrar onde está a doer.
E agora, amor, que te encontrei
Guardo este amor e nada digo
Faço de conta que não sei o que sei!
Faço de conta que estou sempre contigo…
Neste instante, que te amo tanto…
Que deixaste minha alma dilacerada
Guardaste este silêncio, e eu, em pranto…
Paro e vejo que para ti, continuo sendo nada.
Virgínia Assunção
mavifeitosa@gmail.com
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Maria Virgínia de Assunção Feitosa Gomes, natural de Maceió/AL, residente há muitos anos em Aracaju/SE. É Professora licenciada em Letras Português/Francês; licenciada em Pedagogia e Jornalista. Pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura e em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Dr. H.C. em Educação. Possui vários cursos de formação complementar na área de educação. É escritora e poetisa. Membro fundadora e presidente da AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe; membro fundadora da AMS – Academia Virtual Municipalista de Sergipe; membro efetiva da ALCS – Academia Literocultural de Sergipe; membro correspondente da FEBACLA, Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes. Membro do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da ASL – Academia Sergipana de Letras.