julho 27, 2024
O pensador
Translação
Por trás daquela dança
O que fazer?
As férias
Não sei
Reacenda um novo voar
Últimas Notícias
O pensador Translação Por trás daquela dança O que fazer? As férias Não sei Reacenda um novo voar

A Última Vez que Fomos Crianças

Print Friendly, PDF & Email

Destaque no Festival de Cinema Italiano, A Última Vez que Fomos Crianças traz visão única sobre a resistência do espírito humano durante os tempos mais sombrios da História

Cena do filme 'A Última Vez que Fomos Crianças'
Cena do filme ‘A Última Vez que Fomos Crianças’

Longa de Claudio Bisio aborda os horrores da Segunda Guerra e o poder da amizade diante das dificuldades

Materiais: https://drive.google.com/drive/folders/1etvQdORhobwE8eNqIlxXKJEmPKw3G3JH?usp=sharing

Premiado ator de cinema e teatro, Claudio Bisio estreia na direção cinematográfica com o delicado drama A ÚLTIMA VEZ QUE FOMOS CRIANÇAS, que pode ser visto em sessões gratuitas presenciais e online na programação do Festival de Cinema Italiano, que acontece em várias cidades brasileiras. Mais informações sobre as sessões em cinema e para visualização online, acesse https://festivalcinemaitaliano.com/

O longa, que tem roteiro de Bisio e Fabio Bonifacci, a partir do livro de Fabio Bartolomei, se passa em Roma, em 1943, e tem como tema principal a amizade entre quatro crianças em meio à devastação da guerra. A história se desenrola em torno de Italo, filho de um oficial fascista, Cosimo, cujo pai está exilado, Vanda, uma órfã crente, e Riccardo, de uma família judia abastada. Unidos pela “maior amizade do mundo”, eles permanecem alheios às divisões históricas que sangram a Europa. 

Quando Riccardo é capturado por nazistas, seus três amigos resolvem que devem resgatá-lo e viajam por uma Itália destruída pela guerra. Ao se deparar com essa dura realidade, os meninos começam a perder a inocência e conhecer melhor o mundo dos adultos. A história nos leva por uma jornada emocionante, onde a determinação e a coragem dos amigos são postas à prova em uma missão de resgate.

Quando Bisio conheceu o livro de Bartolomei percebeu ali ingredientes que poderiam resultar num belo filme sobre a perda da inocência e um momento histórico que, até hoje, reverbera no mundo todo, o da ascensão dos regimes nazifascistas.

O diretor traz no filme sua visão única sobre a resistência do espírito humano durante os tempos mais sombrios da história.“Minha esposa, que também é coprodutora do filme, lê muito mais que eu, foi ela quem me deu o livro do Bartolomei. Ainda me lembro onde eu estava quando li, na Puglia, no verão de 2018. Tinha terminado de filmar Cops e o romance acabava de ser lançado. Terminei de ler e fiquei com lágrimas nos olhos. Tudo isso depois de muitas risadas que as anteriores páginas me fizeram dar.

Decidimos comprar os direitos e começar a procurar um diretor. Então meus parceiros me perguntaram se eu queria fazer isso sozinho. Eu nem tinha pensado nisso. Foi a confiança deles, a crença deles em mim que me levou a aceitar”, disse Bisio em entrevista. Ele conta que, apesar da apreensão, as filmagens transcorreram com tranquilidade. “Foram umas sete ou oito semanas de filmagem, em que paradoxalmente relaxei.

O desafio, se quisermos chamar assim, foi a preparação. Tivemos que encontrar e escolher as crianças certas. Depois que encontramos os quatro jovens atores, tudo foi muito bem. Eles são perfeitos, o trabalho deles nos fez entender que conseguiríamos.”“Fiquei fascinado pela ideia de contar o horror sem nunca mostrá-lo, narrando-o por meio do olhar desencantado e inconsciente de três crianças de nove anos.

O cerne desta história é representado pelas crianças, pelas suas ações, pelas suas palavras e pensamentos que dão à história um tom leve e irônico. Engraçado, apesar de tudo, porque na verdade são muito sérios”, explica Bisio.O FESTIVAL DE CINEMA ITALIANO NO BRASIL 2023 acontece até 9 de dezembro.

A seleção de 32 filmes, composta por 16 longas inéditos, alguns deles recém-lançados na Itália como é o caso de “Ainda Temos o Amanhã” (C’è Ancora Domani, 2023), drama de Paola Cortellesi que abriu o Festival de Cinema de Roma deste ano e que estreou liderando a bilheteria de seu país, e por 16 clássicos na retrospectiva “A Comédia à Italiana”, chega gratuitamente em todo o Brasil através do streaming, disponível no site do festival, e nas exibições presenciais que acontecem em diversas cidades nas cinco regiões brasileiras.

A ÚLTIMA VEZ QUE FOMOS CRIANÇAS faz parte da seleção do Festival de Cinema Italiano.
SINOPSE

Roma, 1943. Quatro crianças, incluindo Italo, filho de um líder fascista, e Riccardo, de uma família judia, formam uma amizade inseparável em meio à guerra. Quando Riccardo é capturado pelos nazistas, seus amigos embarcam em uma missão arriscada para resgatá-lo, viajando por uma Itália devastada. Paralelamente, dois adultos, Agnese e Vittorio, partem em busca das crianças, enfrentando desafios e diferenças pessoais. A jornada revela a inocência da infância contrastando com os horrores da guerra, culminando em um desfecho impactante.


FICHA TÉCNICA

Direção: Claudio Bisio
Elenco: Alessio Di Domenicoantonio, Vincenzo Sebastiani, Carlotta De Leonardis, Lorenzo McGovern Zaini, Claudio Bisio
País: Itália / França
Ano: 2023
Duração: 90 minutos
Gênero: Comédia


Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/

Sergio Diniz da Costa
Últimos posts por Sergio Diniz da Costa (exibir todos)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo