Destaque no Festival de Cinema Italiano, A Última Vez que Fomos Crianças traz visão única sobre a resistência do espírito humano durante os tempos mais sombrios da História
Longa de Claudio Bisio aborda os horrores da Segunda Guerra e o poder da amizade diante das dificuldades
Materiais: https://drive.google.com/drive/folders/1etvQdORhobwE8eNqIlxXKJEmPKw3G3JH?usp=sharing
Premiado ator de cinema e teatro, Claudio Bisio estreia na direção cinematográfica com o delicado drama A ÚLTIMA VEZ QUE FOMOS CRIANÇAS, que pode ser visto em sessões gratuitas presenciais e online na programação do Festival de Cinema Italiano, que acontece em várias cidades brasileiras. Mais informações sobre as sessões em cinema e para visualização online, acesse https://festivalcinemaitaliano.com/ O longa, que tem roteiro de Bisio e Fabio Bonifacci, a partir do livro de Fabio Bartolomei, se passa em Roma, em 1943, e tem como tema principal a amizade entre quatro crianças em meio à devastação da guerra. A história se desenrola em torno de Italo, filho de um oficial fascista, Cosimo, cujo pai está exilado, Vanda, uma órfã crente, e Riccardo, de uma família judia abastada. Unidos pela “maior amizade do mundo”, eles permanecem alheios às divisões históricas que sangram a Europa. Quando Riccardo é capturado por nazistas, seus três amigos resolvem que devem resgatá-lo e viajam por uma Itália destruída pela guerra. Ao se deparar com essa dura realidade, os meninos começam a perder a inocência e conhecer melhor o mundo dos adultos. A história nos leva por uma jornada emocionante, onde a determinação e a coragem dos amigos são postas à prova em uma missão de resgate. Quando Bisio conheceu o livro de Bartolomei percebeu ali ingredientes que poderiam resultar num belo filme sobre a perda da inocência e um momento histórico que, até hoje, reverbera no mundo todo, o da ascensão dos regimes nazifascistas. O diretor traz no filme sua visão única sobre a resistência do espírito humano durante os tempos mais sombrios da história.“Minha esposa, que também é coprodutora do filme, lê muito mais que eu, foi ela quem me deu o livro do Bartolomei. Ainda me lembro onde eu estava quando li, na Puglia, no verão de 2018. Tinha terminado de filmar Cops e o romance acabava de ser lançado. Terminei de ler e fiquei com lágrimas nos olhos. Tudo isso depois de muitas risadas que as anteriores páginas me fizeram dar. Decidimos comprar os direitos e começar a procurar um diretor. Então meus parceiros me perguntaram se eu queria fazer isso sozinho. Eu nem tinha pensado nisso. Foi a confiança deles, a crença deles em mim que me levou a aceitar”, disse Bisio em entrevista. Ele conta que, apesar da apreensão, as filmagens transcorreram com tranquilidade. “Foram umas sete ou oito semanas de filmagem, em que paradoxalmente relaxei. O desafio, se quisermos chamar assim, foi a preparação. Tivemos que encontrar e escolher as crianças certas. Depois que encontramos os quatro jovens atores, tudo foi muito bem. Eles são perfeitos, o trabalho deles nos fez entender que conseguiríamos.”“Fiquei fascinado pela ideia de contar o horror sem nunca mostrá-lo, narrando-o por meio do olhar desencantado e inconsciente de três crianças de nove anos. O cerne desta história é representado pelas crianças, pelas suas ações, pelas suas palavras e pensamentos que dão à história um tom leve e irônico. Engraçado, apesar de tudo, porque na verdade são muito sérios”, explica Bisio.O FESTIVAL DE CINEMA ITALIANO NO BRASIL 2023 acontece até 9 de dezembro. A seleção de 32 filmes, composta por 16 longas inéditos, alguns deles recém-lançados na Itália como é o caso de “Ainda Temos o Amanhã” (C’è Ancora Domani, 2023), drama de Paola Cortellesi que abriu o Festival de Cinema de Roma deste ano e que estreou liderando a bilheteria de seu país, e por 16 clássicos na retrospectiva “A Comédia à Italiana”, chega gratuitamente em todo o Brasil através do streaming, disponível no site do festival, e nas exibições presenciais que acontecem em diversas cidades nas cinco regiões brasileiras. A ÚLTIMA VEZ QUE FOMOS CRIANÇAS faz parte da seleção do Festival de Cinema Italiano. |
SINOPSE Roma, 1943. Quatro crianças, incluindo Italo, filho de um líder fascista, e Riccardo, de uma família judia, formam uma amizade inseparável em meio à guerra. Quando Riccardo é capturado pelos nazistas, seus amigos embarcam em uma missão arriscada para resgatá-lo, viajando por uma Itália devastada. Paralelamente, dois adultos, Agnese e Vittorio, partem em busca das crianças, enfrentando desafios e diferenças pessoais. A jornada revela a inocência da infância contrastando com os horrores da guerra, culminando em um desfecho impactante. FICHA TÉCNICA Direção: Claudio Bisio Elenco: Alessio Di Domenicoantonio, Vincenzo Sebastiani, Carlotta De Leonardis, Lorenzo McGovern Zaini, Claudio Bisio País: Itália / França Ano: 2023 Duração: 90 minutos Gênero: Comédia |
Voltar: http://www.jornalrol.com.br
Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/
- Vernissage de exposição artística - 20 de novembro de 2024
- Renascimento verde - 18 de novembro de 2024
- Mário Mattos, 100 anos de puro talento - 11 de novembro de 2024
Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024