Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Serenata’
A rua, antes escura,
foi iluminada pelas estrelas
Que vagavam pela madrugada
Junto à Lua em noite de serenata.
A Lua adentrava pela janela
espalhando cheirinho de canela.
Era um jeito de anunciar
que a viola já estava a suspirar.
As cantigas, selecionadas à moda antiga
prontas para a conquista
cheias de sabedoria e poesias
O violeiro apaixonado beijava uma flor
e oferecia à amada com todo seu amor.
A jovem, com o coração cheio de emoção,
permanecia até o fim da cantoria.
Com suavidade e naturalidade,
O seresteiro, deixava além da saudade
gestos ternos e eternos.
Eliana Hoenhe Pereira
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