Virgínia Assunção: Poema ‘Recôndito’
No vazio do amor impossível reside
Um grito contido, um suspiro a flutuar,
Um sentimento que o peito divide,
É um sonho que se recusa a despertar.
No âmago desse lindo sentimento
Gemendo em silêncio; não pode ser ouvido
Há um coração angustiado a lamentar,
Pois carrega consigo esse amor proibido.
É um vácuo que rasga e dilacera
É um querer que não pode florescer,
É uma peça que o destina prega
É um anseio que se nega a desvanecer.
Mas há beleza em amar mesmo assim,
Pois mesmo no amor que não se alcança
Guarda-se o dulçor e a ternura no coração
Do eterno e etéreo suspiro da esperança.
Virgínia Assunção
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Maria Virgínia de Assunção Feitosa Gomes, natural de Maceió/AL, residente há muitos anos em Aracaju/SE. É Professora licenciada em Letras Português/Francês; licenciada em Pedagogia e Jornalista. Pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura e em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Dr. H.C. em Educação. Possui vários cursos de formação complementar na área de educação. É escritora e poetisa. Membro fundadora e presidente da AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe; membro fundadora da AMS – Academia Virtual Municipalista de Sergipe; membro efetiva da ALCS – Academia Literocultural de Sergipe; membro correspondente da FEBACLA, Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes. Membro do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da ASL – Academia Sergipana de Letras.