José Coutinho de Oliveira – Dicotomias Saussureanas
adjetivo derivado de Saussure, Ferdinand de Saussure (socir), pai da linguística moderna. Nasceu em Genebra em 26/11/1857 e faleceu em Morges e 22/2/1913. O título deveria ser melhor traduzido para “dualidades”. Em Leipizig, Alemanha, seguiu durante quatro anos cursos de linguística indo-europeia (persa antigo, irlandês antigo, história da língua alemã, eslavo, lituano e grego. Mas vamos então às tais dualidades: sincronia x diacronia. A verdadeira sincronia vemos hoje que está na fala, onde surgem a todo momento neologismos. A diacronia estuda a origem da palavra e sua evolução no tempo, exemplo: os dicionários contemporâneos e os históricos, como por exemplo, o dicionário etimológico de Silveira Bueno de 9 volumes. Na mesma (nova) diacronia estão as gramáticas contemporâneas e as históricas como por exemplo, o de Ismael de Lima Coutinho. Um exemplo de evolução é a palavra bispo que sofreu um metaplasmo por subtração chamado de aférese, ou seja, queda de fonema no início da palavra. A palavra bispo provém portanto de epíscopo, ou seja, aquele que vê do alto. Próxima dualidade: língua x fala= langue x parole. Para ele a língua é uma construção coletiva, um sistema de valores que se opõem uns aos outros e que está depositado, como produto social, na mente de cada falante de uma comunidade. Já a fala (parole) é um ato individual e está sujeito a fatores externos, muitos desses não linguísticos e, portanto, não passíveis de análise científica. A fala é a atividade de falar, em geral, mas também cada ato particular de falar; significante x significado. O signo linguístico então se compõem de significante e significado. O primeiro é uma “imagem acústica” (cadeia de sons), o significado é o conceito, o conventual. Foi estudado por primeiro por Platão, em Crátilo. E por fim, sintagma x paradigma. Sintagma é o mesmo que ordenamento, combinação de palavras, uma frase, por exemplo de sentido completo. Paradigma pode ser o mesmo sintagma servindo de modelo para outros sintagmas, por exemplo, a partir da frase: o cachorro morreu de fome eu posso fazer: o gato morreu de sede; de João ama Teresa eu posso fazer, Raimundo odeia Maria; Joaquim ama Lili, o que nos parece enfim, que é um método para se ensinar língua estrangeira.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.