José Bembo Manuel: Poema ‘Confissão’
cativo tô em flor cadente
rosa de brilhantes triplos
doma dor a ventos múltiplos
e abismo proeminente
sou teu, minha dona d’ente
elixir d’eleito caixão
meus olhares vão pr’o chão
revendo parte vencida.
aninho-me d’outros versos
por não saber ser sem ti
10arrumas-me e senti
10armaste-me meus berços
tornaste-me disperso
envolvido num lixão
e meu corpo em comichão
meu encanto suicida
José Bembo Manuel
Contatos com o autor
- Confissão - 26 de agosto de 2024
- A Queda do Cão Cidadão - 26 de outubro de 2023
- Crenças mortas pela viralização social - 4 de julho de 2023
Natural de Luanda (Angola), é licenciado em Ensino da Língua Portuguesa pela Escola Superior Pedagógica do Bengo (Angola) e docente Assistente Estagiário afeto ao Departamento de Letras Modernas da Escola Superior Pedagógica do Bengo. Membro do Conselho Editorial e Revisor Linguístico da ESP-Bengo Editora desde 2018 e revisor da RAEU – Revista Angolana de Extensão Universitária. Com as artes no sangue, é ator do Grupo Twana Teatro há 14 anos. Revisou a obra ‘Língua Portuguesa: subsídios para o seu ensino em Angola’, da autoria de Márcio Undolo (1ª edição, Editora ECO7, janeiro de 2019. Co-organizou o ‘Manual de Auxílio às Famílias de Crianças com Necessidades Educativas Especiais’ (1ª Edição, ESP-Bengo Editora, 2018).
Fantástica trama do’ Absurdo’ em caos poético . Parabéns!
A imperatividade da sabedoria irracional. Às vezes, o nosso maior erro é amarmos mais os outros do que a Deus e a nós mesmos.