Ella Dominici: ‘La rencontre de la brume et la brise’
Ella Dominici: ‘Encontro névoa e brisa’
Quands me jours seront gris peints par des brumes
Mes yeux couverts de bateaux blancs
des nates qui nagent sur une tasse au lait
Je rencontrerai sur la mèr larmes d’ écumes
Quands mes langues seront fatiguées de saveurs
Ma tête angoissée en ayant plus des pleurs
L’ espoir de te revoir en rêve s’évanouie
Je ferai semblant de te croire,s’épanouit
À me plaire
Quands le soleil de ma croyance soit couché
Et presque des ténèbres d’insécurité
Me prendront le coeur ,les jambes et le ventre
Vivront encore mes désirs de tes anches
branches de mon arbre assoiffés de ton feu.
Le soulagement des mes souvenirs qui souffrent tant
Vient par la brise, sont des légères vents qui me soufflent et adoucissent ces moments
La brise femelle m’ avalle le cerveau
Me couvre comme un couvercle manteau
La pensée te voit, te désire,te touche
Le vent doux enlève vers le haut l’amoureux vers.
Ella Dominici
Encontro névoa e brisa
Quando meus dias serão cinza pintados por névoas
Meus olhos cobertos de barcos brancos
natas nadando em um copo de leite
Encontrarei lágrimas de espuma no mar
Quando minhas línguas estiverem cansadas de sabores
Minha cabeça angustiada sem mais lágrimas
esperança de ver você novamente em um sonho desaparecendo
vou fingir que acredito em você aparecer, florescer
para me agradar
quando o sol da minha crença se puser
quase uma escuridão de insegurança
levará meu coração, pernas e ventre
saberia que mesmo que meus lábios fluam
ainda viverei meus desejos de seus juncos
galhos da minha árvore sedentos pelo seu fogo.
Alívio das minhas memórias dolorosas
vem pela brisa, são ventos leves
que me sopram e suavizam esses momentos
brisa feminina engole meu cérebro
me cobre como uma capa de casaco
pensamento te vê, te deseja, te toca
vento suave sopra o amante para o
alto em amorosos versos
Ella Dominici
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Natural de São Paulo (SP), é endodontista por profissão e formada no curso superior de Língua e literatura francesa. Uma profissional que optou por uma ciência da área da saúde, mas que desde a infância se mostrava questionadora e talentosa na Arte da Escrita, suscitando da parte de um mestre visionário a afirmação de ela ser uma escritora nata, que deveria valorizar o dom que recebera. Atendendo ao conselho recebido, na maturidade Ella cumpre o vaticínio e lança o primeiro livro solo de poemas (Mar Germinal), rompendo com a escrita meramente contemplativa, abraçando fragmentos, incertezas e dualidades para escancarar oportunidades a si como ao outro. Dribla o autoritário tempo, flagra mazelas psicológicas em minúsculas e múltiplas impressões exteriores e internas. É membro da AMCL – Academia Mundial de Cultura e Acadêmica Internacional da FEBACLA. Coautora de várias antologias. Publica na Revista Internacional The Bard e se inscreveu no 8º Festival de Poetas de Lisboa, participando da antologia promovida pelo evento
Ella, o poema todo é lindo, mas destaquei esta estrofe:
quando o sol da minha crença se puser / quase uma escuridão de insegurança /
levará meu coração, pernas e ventre / saberia que mesmo que meus lábios fluam /
ainda viverei meus desejos de seus juncos/ galhos da minha árvore sedentos pelo seu fogo.
Caríssimo Sérgio,
A brisa do amor intenso segue além do suspiro enlaçada à perenidade!
Gratitude por dares vida ao *Jornal Cultural Rol*
Que nossos versos se entrelacem, Ella, num magnífico espetáculo sinestésico!