Lina Veira: Artigo ‘Solidariedade’


Este artigo não ousa ser uma mera pesquisa, e sim uma provocação, escolhida e necessária para termos em mente ao discutir certos conceitos. Precisamos examinar, cuidadosamente, a nossa consciência no mundo. E saber qual é a razão da nossa vida – perguntar a si mesmo qual é o meu propósito. Como posso contribuir? Palavra por palavra, gesto por gesto, intenção por intenção.
‘Estar agora’ e ser solidário deve ocupar 100% de nosso presente, enriquecer nossas habilidades e acolher nossas criatividades. O passado já se foi, embora tenha deixado marcas. O que está em nossas mãos é nosso momento presente de consciência e dever pessoal . E o entendimento do dever pessoal, por sermos uma pessoa humana, nos permite experimentar o verdadeiro conceito de solidariedade
Um tema crítico e político que interfere na vida quotidiana de todos nós, que não aponta para o ter , nem para o dar, como muitos interpretam. Solidariedade é apoiar o ser, promover o ser humano em suas dimensões pessoal, social e material. Com esforços, enriquecer habilidades e aplaudir criatividades. Uma educação ‘doméstica’ construída com ética e consciência. Tarefa de casa.
O contrário dessa interpretação é repugnante para a evolução humana, pois ativa a concessão gratuita de bens econômicos diante de dificuldades ou faltas, profissionalizando a mendicidade social – principal estopim da desordem social nos centros urbanos de nosso país. A política atual de variedade de benefícios e programas sociais tem profissionalizado a mendicidade no nosso país, cultivando no indivíduo o desvalor de pessoas, a violência doméstica e descaso da sua vocação, sem melhoria pessoal, sem promoção humana.
Entre muitos benefícios, destaco: Programa Bolsa Família, Auxílio Gás (Gás do Povo), Programa Pé-de-Meia, Tarifa Social de Energia Elétrica, Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros, que nos deixam a refletir sobre a capacidade de um povo e governo. Programas que viciam a imobilidade de vidas e não solucionam as produzidas misérias, ainda com programas solidários em direção à unidade e organização social e política do país.
– O QUE HÁ DE ERRADO, ENTÃO, NO CONCEITO DA SOLIDARIEDADE POLÍTICA?
Hipocrisia , ignorância e medo da ordem e da disciplina de um país. Uma descomunhão solidária e social há décadas.
A pobreza, uma situação infeliz , não é apenas carência de bens materiais, é o não acesso às vantagens sociais, fruto de um ato político que precisa ser renovado, pois quem dá esmolas, não dá futuro. E um povo passivo e limitado com programas sociais, não passa de massa de manobra nas mãos do ESTADO e dos poderosos. Não progride, é roda, pólvora.
Enquanto a igreja repugna a expressão “sou religioso não praticante”, um quase abandono da certeza de um futuro prometido por DEUS, ela desconstrói a solidariedade cristã apoiando diversas ONGs ( ALGUMAS CATÓLICAS) que ensinam a dar esmolas aos pobres. E benefícios com esmolas não são estimulados a uma transformação e progresso humano, social ou espiritual, não podem ser definidos como solidariedade, pois destroem e apagam a vitalidade de muitas vidas.
Levanta-te e anda.
A vida é construção pessoal e solidariedade é aperfeiçoamento.
Lina Veira
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Lina Veira, como é mais conhecida na área literária Maria Andrelina Oliveira Bento, natural de Fortaleza (CE), é formada em Engenharia Sanitária e Ambiental, escritora, cronista, contista e romancista. Tem projetos literários no Instagram, como Sábado com Poesia, saraus on-line e presenciais, feiras de livros, lançamentos e divulgação de autores na sua região. É autora dos livros ‘Um de meus Olhares’, Editora Motres, que explora questões profundamente humanas e deixa a utilidade da motivação e desapego, influenciando homens e mulheres e ‘Outras Flores se Abrem’, pela mesma editora, um livro altamente feminino, que deixa uma proposta calma e consciente do reinventar-se, e marca sua trajetória na escrita, deixando suas crônicas e versos como instrumento de liberdade. É coautora em algumas revistas e coletâneas literárias.


Tema necessário, Lina. Parabéns!
Obrigada Ruan