Nicanor Filadelfo Pereira: ‘VALORIZE O SEU TEXTO — SAIBA COMO:’
A forma como você escreve personifica o seu trabalho, seja em prosa ou em versos. A observação das regras básicas da gramática de nossa língua ajuda o leitor a aquilatar o seu nível intelectual e cultural.
Por que preocupar-se com os porquês?
ACOMPANHE:
Uma das grandes dificuldades que as pessoas encontram ao escrever está no uso dos porquês. — Vejamos:
1 – A conjunção porque é empregada quando se quer dar uma razão, uma causa, uma explicação.
Exemplo: Não fui à aula hoje porque havia greve dos motoristas de ônibus.
2 – Já no caso de se perguntar sobre a razão, sobre a causa, ou querer uma explicação sobre um fato, usa-se a locução por que, se estiver no início da frase:
Exemplo: Por que você não foi à aula hoje?
3 – No entanto, se na construção da frase, a sua indagação estiver no final da pergunta, esse por que, separado, recebe uma sinalização que o diferencia, ou seja, o acento circunflexo (^), que a crianças costumavam chamar de ‘chapeuzinho’. Lembram?
Exemplo: Você não foi à escola hoje, por quê?
4 – Temos agora uma quarta situação:
Se você utilizar o termo porque como objeto na construção frasal, precedido pelo artigo masculino “o”, ou associado a uma preposição (do) ele já não mais será uma conjunção, mas sim um substantivo.
Exemplo: Vou explicar-te o porquê não fui à aula hoje, porque não havia ônibus. (notaram a diferença dos porquês, na mesma frase?).
Exemplo: Qual a razão ‘do porquê’ no exemplo acima?
Prof. Nicanor Pereira, é licenciado em Letras, com pós-graduação em didática do ensino superior, atua profissionalmente como revisor de textos. Contatos: nicanorpereira@gamil.com
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.