novembro 22, 2024
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Jorge Fakury: 'Tragédias e reflexões'

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Jorge Fakury: ‘TRAGÉDIAS E REFLEXÕES’

Anteontem, sexta-feira, caiu um avião monomotor a 500 metros de minha casa…

 

Quem viu, disse que foi impressionante: o avião passou um metro acima de um carro na rua e, pelas manobras, o piloto evitou de todo modo colidir com as casas… Mesmo diante da morte iminente conseguiu pensar nos outros…

 

Caiu sobre árvores num terreno. Dois mortos: um empresário de 56 anos e uma acompanhante que faria 33 anos na segunda-feira…

 

Congestionaram-se as ruas próximas, muita curiosidade, movimento de bombeiros polícia, helicóptero sobrevoando e tudo mais. Em meio a isso tudo, a cena degradante de populares saqueando os destroços…

 

Esse estado de miserabilidade humana nem requer comentários! Toda vez que me vejo diante desses fatos, sejam quais forem as formas de tragédia, sempre penso quão impotente é o humano com relação ao seu TEMPO e DESTINO… Pensemos: aquelas duas pessoas tomaram café da manhã, falando de assuntos, planos, sem jamais imaginar que teriam apenas mais algumas horas de vida… Almoçaram, conversaram após o almoço e talvez tenham tratado de compromissos agendados para semanas à frente.. Só que, de repente: FIM – acabou! Possivelmente a aniversariante já teria combinado com amigos algum encontro…

 

Pensem profundamente sobre isso. Então, isso vale para todos nós que estamos no mundo! Nada podemos saber, não temos esse poder. A única exceção que conheço (até o momento) foi a de meu avô Melhem Hanna El Fakhoury (era mago), pai de meu pai, que recebeu do anjo Gabriel o aviso da quinzena de julho que iria partir e preparou toda a família. E foi mesmo! Ele deixou um diário em árabe, que minha tia Araceli Facury (escritora – romancista), providenciou tradução.

 

Bem, fechando o assunto: já que não sabemos nada nem dos próximos segundos, muito bom é buscar o melhor de tudo na vida, com beleza e harmonia, que o pior já é ruim por si mesmo!

 

E que a Santíssima Mãe acolha todos que saíram daqui de modo abrupto e trágico…

Sergio Diniz da Costa
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