O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES
A luta das mulheres contra o fim da violência
Nunca recebi e postei tantas mensagens de apoio e celebração pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem, dia 8 de março. Mas há ainda muita luta pela frente para que seja apenas motivo de comemoração. Números mostram que a violência contra a mulher está longe de ser superada. De acordo com a Coordenadoria Municipal de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim) de Niterói, nos dois primeiros meses deste ano, 209 vítimas buscaram apoio no centro de atendimento às mulheres (Ceam).
No domingo passado mais uma mulher niteroiense foi vítima de agressão pelo simples fato de ser mulher. Após uma cantada agressiva, rechaçada, de um homem em um bloco de carnaval, a mulher foi atacada com chutes e empurrões. Do chão ainda ouviu xingamentos homofóbicos do agressor por estar acompanhada de sua namorada. Com medo, a vítima foi para casa cuidar dos ferimentos e hematomas.
“Eu estava de mãos dadas com minha companheira, quando um homem me puxou pelo braço querendo me forçar a ficar com ele. Ele começou a gritar com intimidação, que era homem. O amigo que estava com ele, em vez de puxá-lo, dizia pra eu ir embora.O mais assustador é que pessoas que estavam ao redor nada fizeram para me ajudar, mesmo vendo que eu estava ferida. Alguns momentos antes já me haviam chamado de sapatão.”Ela contou que nunca havia passado por situação parecida enquanto namorava homens.
Além do machismo, foi um claro caso de homofobia, disse a vítima, funcionária pública, que devido a dor e por medo de sofrer ainda mais preconceito, desistiu de ir à delegacia prestar queixa.
E uma boa notícia de onde imaginamos que de bom nada vai sair.
O governador Witzel sancionou, no final de fevereiro, um projeto de autoria de deputados do PSB e do PCdoB proibindo que pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha sejam nomeadas para cargos comissionados no governo estadual.
Esse é um bom exemplo que pode ser disseminado entre os governos estaduais e municipais do país.
Por Claudio Bloch, correspondente do ROL em Niterói
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.