Lisboa, Cais do Sodré
Cais do Sodré, Lisboa. Libertação de Lisboa, 24 de julho de 1883…
Vejo, sob as linhas do bonde elétrico que ”esquartejam” o céu róseo-alaranjando do final da tarde de primavera e ouço a orquestra sonora das vozes – ou cantos – dos pardaizinhos e de andorinhas que povoam os ”vai e vens” em voos circulares ou no zigue-zague aéreo da espécie de avifauna que prenuncia o verão!
Ouço, no pequeno restaurante-padaria da bela esquina em pleno centro histórico da Capital Portuguesa, o ruído contrastante com a sonoridade dos passarinhos, de jovens aparentemente desocupados no limite da fronteira do ilícito e subtolerado universo de transações ilegais.
Como eu, outros solitários forasteiros pareciam ocupados com seus afazeres pessoais, imersos em seus introspectivos mundos de fantasias e realidades.
Acabará de chegar, da Cidade Luz à madrasta capital que, séculos após o desenlace pela independência do Brasil de Portugal, em 1822, tornará-se uma cidade exemplar enquanto as metrópoles da ex-colônia, outrora belas e elegantes, se desestruturaram através do crescimento improvisado, sem planejamento urbano eficaz que pudesse acolher os novos habitantes que chegavam numerosos e em massa a essas urbes.
Lá longe, do outro lado do Oceano Atlântico, encontram-se essas localidades que hoje espelham o horror dos horrores que se tornou a antiga colônia portuguesa, Brasil, que após ter sido sugada e massacrada porém libertada, tornou-se um confuso e desprotegido país do terceiro mundo equatorial e tropical.
Estava retomando o diálogo com a capital do império lusitano para dar sequência às intenções de realização de um filme documentário sobre a infância e a adolescência de Dom Pedro I, Imperador do Brasil, que também foi Dom Pedro IV, Rei de Portugal.
Buscaremos, através de pesquisas a estarem realizadas na Torre do Tombo, em harmonia com entidades culturais e educacionais de Portugal e do Brasil, buscar compreender a trajetória do jovem imperador e rei que faleceu aos 38 anos, após ter tido uma vida intensa e ter se tornado o pai do Brasil.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.