AO ARRANCAR A MÁSCARA DO CAPITALISMO, A PANDEMIA
TORNA VISÍVEL PARA TODOS SUA MONSTRUOSIDADE INTRÍNSECA
Como os leitores poderão constatar ouvindo esta canção, a inspiração para o artigo/desabafo que vos escrevo me veio de uma música de 1966 – “O anúncio”, que César Roldão Vieira compôs para o espetáculo musical A criação do mundo segundo Ary Toledo e chegou a ser apresentada no programa O fino da bossa (é da Elis Regina a voz que se ouve chamando-o para o palco).
E as empresas de planos de saúde, quando grassa a peste, recusam uma compensação governamental para não deixarem imediatamente sem cobertura os inadimplentes, pois a consideraram insuficiente para contrabalançar o quanto perderão.
Os que neles confiaram perdem a vida, mas os Strooges da medicina mercantilizada não abdicam de um centavo de suas receitas. Torço para que, após serem abandonados à própria sorte no momento de maior aflição, os cidadãos aprendam a prescindir desses traidores do juramento de Hipócrates, condenando-o o máximo deles à falência!
A saúde sendo encarada como mercadoria é uma das aberrações mais repulsivas do capitalismo.
Enfim, deprime-me muito que só mesmo um vírus assassino tenha conseguido abrir um pouco os olhos da humanidade para a verdade sobre o capitalismo: ele nos conduz insensivelmente para a morte e, se não começarmos a reagir, morreremos como moscas. Como estamos morrendo agora.
(por Celso Lungaretti)
O MEDO DA MORTE NOS FAZ VALORIZAR A VIDA E O QUE ELA TEM DE MAIS NOBRE: A SOLIDARIEDADE HUMANA!
Este é o lado lúdico da quarentena.
Da mesma forma, estamos vendo as pessoas irem para as janelas dos seus prédios e cantarem a plenos pulmões as melodias que mostram a todos a essência da grandeza do sentido humano da vida na superfície desse nosso planetinha tão sacrificado por sentimentos avessos aos que felizmente ora afloram.
.Que dizer dos abnegados profissionais da saúde que, em defesa da vida, vão para a linha de frente de hospitais nos quais a contaminação virótica é exponencial, mesmo sabendo que os colegas que até ontem estavam ao seu lado hoje estão sepultados em covas coletivas, sem nem mesmo poderem ser velados por seus familiares? Eles são os exemplos concretos de que o ser humano é intrinsecamente bom.
.Lamentável nisto tudo é que tais procedimentos não derivem da conscientização dos seres humanos sobre os seus atos genocidas, mas consequência da ação de um vírus microscópico irracional que confronta a nossa própria racionalidade.
.Para o capital produzir mercadoria está acima da proteção da vida.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros, Editor-Geral do Jornal Cultural ROL e um dos editores do Internet Jornal. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA. Membro Fundador das seguintes entidades: Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA; Academia Hispano-Brasileña de Ciências, Letras e Artes – AHBLA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALLA e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 7 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Dr. h. c. em Literatura, Dr. h.c. em Comunicação Social, Defensor Perpétuo do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro e Honorável Mestre da Literatura Brasileira; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia e Associação Literária de Tarrafal de Santiago, Embaixador Cultural | Brasil África – Adido Cultural Internacional