Memento mori*
Sem citar o nome de ninguém, seja daqui de nosso modesto circo, ou de um dos maiores circos mundiais.
Os líderes de alguns países da era moderna, cercam-se de “seguidores subservientes”. Esses arremedos de estadistas, que se dizem patriotas, são tragados pelo poder que os inebria, corrompendo e destruindo qualquer fagulha de um ser humano com caráter.
Esses líderes, ao alcançarem a vitória, ficam encapsulados com pessoas bajuladoras, que babam com comentários ridículos e alucinados. Portam-se como escravos ao lado de seus chefes galardoados. Essa ovação aos senhores ocupantes de cargos ofende até o Império Romano.
É triste perceber que os planos, ou promessas de campanha, eram apenas propaganda enganosa. Como se a alma fosse vendida a Satã, em troca de poder, e o compromisso assinado com caneta BIC e com tinta de sangue do povo, seguem esquecendo que são seres mortais.
Os escravos modernos, assumem a confortável mudez, concordando com um chefe piromaníaco, que ateia fogo na harmonia entre os poderes, e, descaracteriza o dever de árbitro supremo que pertence ao povo.
Lembrá-lo de quem o fez um ser supremo, custará ao seguidor rebelde, sua própria cabeça, este ser será relegado ao lugar de traidor, e aos acéfalos bajuladores, caberá o papel de difamadores e perseguidores de quem não estiver no círculo da demência coletiva, e ousou discordar.
A mortalidade nos iguala, a simples lembrança de nossa finitude, nos deixa com uma esperança que, a mortalha também lhe servirá em algum momento, a podridão de seus corpos, poderá ser sentida igualmente.
Se houver de fato um demônio ceifador de almas corruptas, quem sabe em um devaneio, imaginar a chegada desse ser aos portões do Inferno, e este ser arrogante e faraônico, deparar-se com a realidade e, perceber que, a propaganda também foi enganosa.
Vamos imaginar, é o que temos para o momento! Jamais devemos nos esquecer que somos mortais, e o retorno às cinzas é sem prévio aviso, estejamos em um suntuoso palácio, ou em um casebre insalubre.
* ‘Memento Mori’
Expressão latina que significa algo como “Lembre-se de que você é mortal”.
Sônyah Moreira
sonyah.moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024