Violência contra mulher
Não importa se damas, meretrizes,
Donzelas ou senhoras.
Nas lágrimas ficam sem norte
E na esperança de algo resolvido,
Regam um amor perdido.
Castradas pelo receio
Enganam seu coração sofrido.
Na expectativa de um sorriso,
Acontece tudo novamente.
Sim. Um ciclo vicioso,
Que quando visto de perto é muito doloroso.
Triste dizer, reconhecer, mas tem origem cultural
Então, a tristeza aflora.
São marcas no corpo e o silêncio de uma voz
E dor desliza pela face afora.
São ‘mulheres mudas’, acorrentadas ao medo
E tudo fica em segredo.
Mas não é para se tornar um mito,
É imprescindível sair da penúria,
Dos suspiros não compreendidos.
Libertar-se da amargura, da fragilidade
E dos pensamentos reprimidos.
Para restabelecer sua dignidade.
Quando será que essa mulher irá gritar?
Carecemos de uma revolução.
Não é brincadeira, são vidas sofridas,
Cansadas, sufocadas pela infelicidade,
Que apagam aspirações
E sonhos que poderiam torna-se realidade.
Não há duvidas, vamos gritar em qualquer lugar.
Chega! Violência não!
Rejane Nascimento
rejane.d@hotmail.com
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Rejane Luzia do Nascimento Damasceno, mais conhecida como Rejane Nascimento, mineira nascida na cidade de Caratinga (MG), é Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário de Caratinga -UNEC, (2010). Especialista em Saúde Mental pelo Centro Universitário de Caratinga – UNEC (2012) e Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Universitário Amparense – UNIFIA (2017). Possui também a Formação em Terapia do Esquema pelo Núcleo de Estudos em Psicologia –NEPSI(2019). Iniciou sua experiência profissional como psicóloga, dentro de uma escola, em 2011, atuando por cinco anos consecutivos nesta área, desenvolvendo um importante trabalho com grupos, enfrentando o desafio da atuação da psicologia na educação. Foi nesse cenário que a autora começou seus afazeres com o escrever, produzindo metáforas e poesias como forma de intervenção. É autora do livro de poesias ‘Para Escrever… Tenho Minhas Razões. Tem participação como coautora nos livros: Além Da Palavra – Volume V, Caratinga 170 anos: Múltiplos Olhares e na obra Rabiscos Confinados, promovida pelo cartunista Edra Amorim. É Acadêmica Correspondente da FEBACLA – Federação Brasileira das Ciências, Letras e Artes.