
O caso Marília
Sou alguém que pesquisa muito sobre acontecimentos passados, presentes e as probabilidades e consequências futuras.
Muitos sabem que já não é a primeira vez que uma morte traz tanta repercussão nas mídias sociais e até aquelas pessoas que não têm contato direto com a família dos envolvidos ficam consternadas com os acontecimentos.
Tem sido assim com a morte de muitos famosos, entre eles o Fórmula 1 Ayrton Senna, Leandro, da dupla Leandro e Leonardo, Grupo Musical Mamonas Assassinas, Princesa Daiana, Ex-presidente Tancredo Neves e outros que já se foram, e agora, recentemente, a cantora sertaneja Marília Mendonça.
Um fato que me chama muita atenção é a especulação que certos jornalistas e canais de YouTube fazem em cima da desgraça alheia.
Procurar saber o que aconteceu, realmente, cabe aos órgãos responsáveis e a imprensa tem todo o direito de trazer as informações corretas ao público; até porque se eles chegaram aonde chegaram, nós fomos e somos os maiores vetores para isso.
Porém, isso não dá o direito às redes sociais ficarem usando de sensacionalismo em seus vídeos, criando ideias horripilantes e, muitas vezes, até mostrando fotos e vídeos imaginários ou incoerentes que a pessoa em sã consciência sabe que são uma inverdade.
Eu não vejo isso como Jornalismo e sim, como falta de escrúpulo, porque o trabalho do jornalismo é um trabalho sério e eu tenho vários amigos jornalistas.
Quando isso acontece, quem o faz não tem um pouco de sentimento e respeito pela família que está com seu coração destroçado devido a uma perda tão brusca.
Inventar fotos do corpo da cantora no IML, que sabemos que é um local totalmente reservado ou, ainda, inventar que entrou dentro da aeronave e que ela estava se mexendo, quando sabemos que, na realidade, a morte de todos, segundo os peritos, foi instantânea e falarem outras coisas mais é imperdoável.
Se fazem isto, é porque tem quem assista e dê laikes, pois muitos adoram aplaudir sensacionalismo barato e usam esse momento de exibição para falar de outros assuntos que não têm nada a ver com o fato em questão: picham políticos, falam de time de futebol, zombam do fato em destaque etc., e eu os considero como pessoas dissimuladas.
Vamos respeitar as famílias enlutadas, não façamos aos outros aquilo que não gostaríamos que os outros fizessem conosco também; tenham seriedade em postar os fatos, a fim de que não venham denegrir a imagem da mídia séria e responsável; saibam escolher os canais que vocês devem ou não assistir, dando crédito à verdade e não façam da desgraça alheia os seus carnavais, pois tudo aquilo que vocês jogam para o universo, ele, certamente, cedo ou tarde, lhes devolverá.*
Poetisa Sandra Albuquerque
RJ, 10/11/2021
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Natural de Duque de Caxias (RJ). Professora, escritora e poetisa. Acadêmica Benemérita e Efetiva da FEBACLA, da qual recebeu, dentre outras honrarias, Comendadora Guanabara, Dra. h. c. em Literatura, Direitos Sociais e Humanitários e Comunicação, Acadêmica Correspondente e Internacional, Grande Prêmio Internacional de Literatura Machado de Assis, Comenda Príncipe dos Poetas, em homenagem ao escritor Olavo Bilac e Comenda Imperador Dom Pedro ll. Pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmatianos, o título Benfeitora das Ciências, Letras e Artes; Título da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas do Rei Ramiro Il de Leão; Embaixadora da Paz e Comendadora da Justiça de Paz; pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos -OMDDH, Comenda lnternacional Diplomata Rui Barbosa- ‘O Águia de Haia’. Membro da Academia Caxambuense de Letras-ACL e da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo. Colunista do Jornal Cultural ROL. Coautora em várias Antologias, dentre elas, Florbela ll , Rasgando a Mordaça, Collectânea Sonata Poética da Liberdade, Semeando Versos e Sarau Integração Cultural pela ACL. Participação na V FLAVIR e Destaque Social Personalidade 2020 e 2021.

