O Grande Navio da Vida
Parece muito mais simples quando a dor não é sua, quando não é você quem precisa superar algo ou simplesmente tomar decisões definitivas. Não é fácil sobreviver a uma tempestade que deixou grandes sequelas e viver como se a tempestade nunca tivesse acontecido. Dizem que o bom marinheiro nunca abandona o navio; de fato, por isso muitas pessoas boas morrem defendendo uma causa que não é responsabilidade apenas delas.
Havendo buracos no navio, um marinheiro por mais hábil que seja, dificilmente conduzirá o navio sem que haja um naufrágio antes de chegar ao destino. Caso o navio afunde, não é culpa apenas do marinheiro, mas daquele que permitiu que o navio saísse do porto de embarcação sem nenhuma manutenção, ou mesmo, daquelas pessoas que, sabendo dos buracos, decidem navegar assim mesmo e contar com a sorte.
Quando passamos a viver em prol dos outros e esquecemos de nós, nos tornamos um navio cheio de buracos que deposita toda confiança no marinheiro, que pode ser seu cônjuge, amigo, pai, mãe, irmão, ou simplesmente alguém no qual você depositou sua confiança.
Para termos sucesso em nossas vidas, em nossos relacionamentos e na sociedade, é preciso que haja uma consciência e maturidade psicológica, para não acharmos que todo mundo ao nosso redor é responsável por nossos tropeços e fracassos. Ninguém conduz um navio sem tripulantes e trabalhadores profissionais; torna-se extremamente importante um trabalho em equipe para que tudo corra bem durante a viagem neste grande navio da vida…
É muito simples e fácil encontrar falhas no outro, quando na verdade somos tão imperfeitos quanto os outros. É um erro culpar alguém pela desordem que muitas vezes é causada por nós mesmos. Que possamos aprender a amar as pessoas sem comparações e cobranças, pois cada um de nós enfrenta no dia a dia algo que muitas vezes ninguém nem imagina a extensão e o estrago que muitas situações podem causar na vida das pessoas. Mesmo as aparentemente felizes e sorridentes, levam escondido por detrás de um sorriso dores que muitos não viveram.
Ame as pessoas, mesmo com suas cicatrizes, suas feridas e sua ignorância. Um dia, com certeza, você enfrentará algo semelhante e entenderá a importância de estar de mãos dadas durante uma forte tempestade. Saberá também o quanto o perdão liberta e cura a alma, nos tornando pessoas mais capacitadas a enfrentar as grandes tempestades que se puserem em nossos caminhos e, ainda, nos permitindo ver e compreender o quanto é importante sermos benevolentes com os outros irmãos.
Sejamos mais solidários com todos!
- Meu cupido - 14 de novembro de 2024
- Chuva que acalma - 28 de outubro de 2024
- O amor que ficou - 10 de outubro de 2024
Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira