A 8ª Gincana de História da EMEF. Coronel Esmédio será realizada na manhã do dia 28 de junho, a partir das 7h30 da manhã, com concentração na unidade escolar
Entre os estudantes do ensino fundamental da Escola Coronel Esmédio esse evento já se tornou uma tradição. Interrompido por conta da pandemia de 2020 e 2021, a Gincana de História retoma com força total e será realizada na manhã do próximo dia 28 de junho.
Com o objetivo de despertar nos alunos o interesse pela História, costumes e tradição de sua cidade, o professor Carlos Carvalho Cavalheiro desenvolveu o projeto que é composto por uma série de enigmas que são desvendados por equipes formadas por 5 alunos acompanhados de um professor. A ideia é percorrer diversos lugares de memória de Porto Feliz, como numa “caça ao tesouro”, desvendando enigmas que desafiam o olhar atento para a cidade.
Como tudo aconteceu…
Em julho de 2010 essa Gincana foi realizada pela primeira vez junto aos alunos do 8º ano A, dentro de um “combinado” feito entre o professor e os estudantes no início do ano letivo. A Gincana teve boa aceitação e repercussão, sendo motivo de publicação na imprensa porto-felicense.
Em 2012 outros educandos solicitaram a realização de atividades como essa, relacionadas especialmente à disciplina de História. Tendo em vista que este professor trabalha o desenvolvimento do olhar atento e a leitura crítica do ambiente, conforme planejamento, e sendo uma demanda dos alunos, houve por bem recuperar essa atividade. Essa atividade foi realizada em 11 de julho de 2012. Novamente, em 2013, os alunos solicitaram a realização de nova gincana, a qual foi realizada em 27 de junho daquele ano. A 4ª Gincana ocorreu no dia 29 de junho de 2016, sendo a 5ª em 28 de junho de 2017 e a 6ª em 28 de junho de 2018. A sétima edição da Gincana ocorreu em 28 de junho de 2019, tendo sido interrompida nos anos seguintes (2020 e 2021) em virtude da pandemia de covid-19. Por esse histórico de várias edições da Gincana com sucesso, acredita-se que o projeto tenha um potencial de despertar o interesse dos estudantes pela História, Memória e pelas coisas da cidade, perpassando por praticamente todas as áreas de conhecimento do currículo escolar.
Proposta que transcende a rotina escolar
O professor Carlos Carvalho Cavalheiro esclarece que a pretensão da Gincana é extrapolar aquilo que se aprende dentro da sala de aula. “É importante reconhecer que esse conhecimento que se adquire da cidade é essencial para uma educação patrimonial e para o desenvolvimento de uma identidade com o lugar e, em consequência, com a formação cidadã”, revela o professor Carlos.
A impressão causada nos estudantes é tanta que serviu de base para parte da dissertação de Mestrado em Educação, defendida pelo professor Carlos Carvalho Cavalheiro em 2017 na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A notícia da retomada da Gincana de História movimentou não apenas a escola, mas, também, ex-alunos que, saudosos da participação no evento, solicitaram a autorização para poderem participar esse ano.
Apesar de não concorrerem com os alunos matriculados, esses ex-alunos poderão participar formando uma equipe ou acompanhando equipes da escola.
Segurança em primeiro lugar
A segurança dos estudantes é um das preocupações da Gincana de História. Por percorrer os logradouros da área central da cidade, o projeto se preocupou com diversos aspectos de segurança. A começar pelo fato de que nenhuma equipe de estudantes sai sem acompanhamento de um adulto, professor ou funcionário da escola.
Além desse cuidado, a Equipe Gestora da Escola, sob a liderança do diretor Daniel Piasentin, oficiou para a Guarda Civil Municipal, Ronda Escolar da Polícia Militar e Secretaria do Trânsito para que os alunos sejam monitorados durante a realização da Gincana.
Premiação
A participação na Gincana de História é um prêmio por si só. Porém, as equipes vencedoras recebem presentes e certificados, coroando assim a sua conquista.
A 8ª Gincana de História da EMEF. Coronel Esmédio será realizada na manhã do dia 28 de junho, a partir das 7h30 da manhã, com concentração na unidade escolar. O evento recebe apoio da Academia Silvana Yara, Casa da Cultura “Dona Narcisa Stettener Pires” e da Biblioteca Pública Municipal “Dr. Cesário Motta Júnior” .
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Natural de São Paulo (SP, atualmente reside em Sorocaba. É professor de História da rede pública municipal de Porto Feliz (SP). Licenciado em História e em Pedagogia, Bacharel em Teologia e Mestre em Educação (UFSCar, campus Sorocaba). Historiador, escritor, poeta, documentarista e pesquisador de cultura popular paulista. Autor de mais de duas dezenas de livros, dentre os quais se destacam: ‘Folclore em Sorocaba’, ‘Salvadora!’, ‘Scenas da Escravidão, ‘Memória Operária’, ‘André no Céu’, ‘Entre o Sereno e os Teares’ e ‘Vadios e Imorais’. Em fevereiro de 2019, recebeu as seguintes honrarias: Título de Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça e Medalha Notório Saber Cultural, outorgados pela FEBACLA – Federação dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e o Título Defensor Perpétuo do Patrimônio e da Memória de Sorocaba, outorgado pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. É idealizador e organizador da FLAUS – Feira do Livro dos Autores Sorocabanos