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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'Cidade promotora de educação-formação'

Diamantino Lourenço R. de Bártolo

Cidade promotora de educação-formação

Provavelmente, a partir da sustentação na investigação científica, com alguns critérios de rigor, nomeadamente a objetividade e a verificabilidade, pode-se afirmar que, com exceção de situações extraordinárias, as cidades/localidades que mais investem na educação, e formação profissional dos seus cidadãos residentes, e outros que a procuram, para diversos fins são, eventualmente, as que mais possibilidades apresentam de prosperar.

A prova paradigmática, segundo a qual, a educação/formação promove o desenvolvimento, pode reportar-se às cidades/localidades que possuem estabelecimentos de ensino e de formação profissional a todos os níveis, com destaque para as escolas profissionais do ensino médio, superior universitário e politécnico e, seguramente, as entidades formadoras devidamente certificadas.

A planificação estratégica, que qualquer dirigente responsável pelo desenvolvimento, e progresso da localidade onde exerce as respetivas funções, designadamente, autarcas e membros do governo, passa, necessariamente, pela inclusão da construção e funcionamento de equipamentos coletivos para a educação e formação profissional, a todos os níveis.

E não se trata, apenas, de educação e formação científica, técnica e prática, mas também, e com elevada carga horária, das componentes socioculturais, com destaque, entre outras, para: as línguas, com forte incidência e aprimoramento na língua materna, mais uma ou duas línguas estrangeiras, certamente o inglês, o francês, o espanhol, matemática, filosofia, antropologia, ética, deontologia, história, direitos humanos, mundo-actual, desenvolvimento pessoal e social, relações humanas e interpessoais, direito, enfim, muitas outras da área das ciências sociais e humanas.

Estabelecimentos de ensino e formação profissional que tenham estas preocupações, e estejam preparados para ministrar aquelas e outras disciplinas humanísticas terão, à partida, reforçada a sua credibilidade e correspondente sucesso e, de certa forma, estão a contribuir para uma sociedade mais responsável, porque mais esclarecida e participativa, sem se cair num “iluminismo de aparências duvidosas” ou num intelectualismo ornamental, sem utilidade prática, ou pior ainda, num populismo paroquial.

Exigir dos poderes públicos que estimulem e apoiem a iniciativa privada, na implementação daquelas infraestruturas é, já e por isso mesmo, um dever de cidadania, que nenhum responsável deve deixar de cumprir, sob pena de estar a conduzir toda uma população para o atraso, para o obscurantismo e para a exclusão social, nas vertentes responsáveis por esta anomalia, como por exemplo, a exclusão no acesso ao emprego, ao conhecimento, à progressão na carreira profissional e à discriminação cultural.

Obviamente que não é possível construir universidades, institutos politécnicos, centros de formação, escolas superiores e secundárias em todas as vilas e pequenas cidades do país, porque também se defende que deverá haver a perspectiva das realidades locais e regionais, no sentido da boa aplicação dos recursos públicos e privados, os primeiros dos quais, à custa da tributação, coercivamente aplicada aos contribuintes e que, atualmente, constitui uma carga anormal para as famílias portuguesas.

Será sempre desejável que nenhum serviço, incluindo a saúde, a educação e a formação profissional, provoque elevados prejuízos, apesar dos seus objetivos, eminentemente sociais, para o que se defende a aplicação de taxas proporcionais aos rendimentos verdadeiramente auferidos, declarados e sinais exteriores de riqueza que cada cidadão apresenta.

Cidade que educa para o estudo, para a formação, para o trabalho, para a cidadania, com toda a envolvência que esta implica, inclusivamente, participar na vida pública da cidade, vila ou aldeia, certamente que será, a curto e/ou médio prazos, um local de procura e de fixação de pessoas, serviços e empresas, que por sua vez vão contribuir para o sucesso dos indivíduos, das famílias e da comunidade em geral, pela produção e pelo consumo sempre em crescendo, até aos limites que forem tecnicamente possíveis, sem deteriorar outros valores e interesses, desde logo, o ambiente, a segurança, o trânsito fluido e seguro, o atendimento rápido, humano e eficaz nos hospitais, escolas, repartições públicas e privadas.

A difusão do conhecimento, a partir dos polos universitários de investigação científica e tecnológica, é motivo mais que suficiente para que a prosperidade se instale e desenvolva nas localidades que beneficiam ou venham a receber e apoiar tais infraestruturas, verdadeiras fontes de progresso bem-estar social, económico e cultural.

 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

 

 

 

 

 

 

 

Diamantino Bartolo
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