A cidade
Certo momento da vida fui convidado para conhecer a Cidade Felicidade. Sim, a Cidade Felicidade onde só existem casas, não há edifícios. Um local onde o ar é tão puro que às vezes você se engasga, é o pulmão agradecendo tamanha pureza. É uma cidade onde existem jardins verdes com bastantes flores, crianças brincando com pião, pipa, jogando bola… Um lado jogando de camisa e o outro sem camisa. Um encanto de lugar em que há também uma cafeteria com um bolo de trigo bem fofinho de derreter na boca e, se você experimentar o café passado na hora, vai se sentir no Paraíso. As pessoas passam de um lado para o outro, felizes indo trabalhar ou estudar, pois, lá todo mundo tem o que fazer para contribuir para o embelezamento da cidade. Então alguém pergunta: não seria o desenvolvimento da cidade? Não, lá a população só se preocupa em deixar a localidade mais feliz.
Cidade Felicidade fica no meio do nada e bem perto de lugar nenhum. Todos, um dia irão precisar conhecer essa magnifica região onde tudo que você realmente precisa tem a sua disposição e o que não é necessário não vai ter por lá. Só tive a permissão de ficar 24 horas na Cidade Felicidade. Cheguei pela manhã ainda o sol nascendo, fiz meu desjejum, tomei banho e fui passear o resto do dia. Havia uma cachoeira tão linda que ao tomar banho parecia estar se purificando de todo mal conhecido em sua existência, mantendo apenas a luz da essência pessoal que é inatingível. Anoiteceu e sem querer descansar fiquei andando pelas ruas desertas, sim, lá a noite foi feita para se dormir e semear a boa saúde. Resolvi me deitar e assim fiz, sonhei coisas inspiradoras. Quando acordei foi preciso ir embora e deixar aquele local maravilhoso e com a promessa de um dia, se assim eu tiver permissão, de voltar.
Vocês julgam que fiquei maluco? Se sim for a resposta, agradeço, pois, só os malucos beleza conseguem visualizar a Cidade Felicidade e fugir dessa normalidade que aniquila a humanidade.
Seja feliz para você em primeiro lugar e o restante virá conforme o merecimento de cada um.
Fernando Matos
Poeta e Enfermeiro Pernambucano
- Organização, gestão do lar e mesa posta - 22 de novembro de 2024
- Vernissage de exposição artística - 20 de novembro de 2024
- Renascimento verde - 18 de novembro de 2024
Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024