O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe
A AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.
As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.
Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural Rol, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.
Elaine Oliveira
Tempo
Por que achamos que temos tempo, quando na verdade não sabemos o quanto tempo temos?
O hoje é o momento vivido e respirado sem as aspirações do que está por vir.
Na verdade, só podemos dizer que tivemos….
Tivemos o banho, o café, o beijo, abraço, o colo, encontro e desencontro, a partida, a chegada, o riso e a lágrima, o nascimento, a morte, tivemos.
Tivemos no tempo que não teremos mais porque já passou.
O que teremos?
Isso não nos pertence, no mínimo podemos cogitar. Cogitar ter um carro melhor, uma televisão maior, uma casa do lado da sombra com o sol apenas no seu nascer. Aspirar um amor, nunca desamor, um filho, uma árvore, um livro, um emprego, uma comida gostosa, uma praia ou rio, um banho renovador.
Incertezas que não são certas e outras que com certeza acontecerão.
Não tenho medo do que está por vir, apenas do que não vivi, por receio, isso é frustrante.
A pergunta que não quer calar, quanto tempo eu tenho?
Não sei, só sei que não mais me permitirei perder tempo achando que o tenho.
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