Guaçu Piteri: ‘Torino e Chapecoense – a dor da tragédia*’
Torino, a melhor equipe da Itália, veio jogar em São Paulo em agosto de 1948.
Nessa oportunidade a delegação foi recebida na Chácara de Attilio Fornazaro, em Osasco.
Quando correu a notícia da presença dos famosos atletas, a criançada da vizinhança se pôs alvoroçada e tomou de assalto o pátio da mansão.
Os craques italianos confraternizaram conosco e fizeram embaixadinhas com uma bola de borracha.Foi uma festa.
De regresso à Itália o Torino continuou na sua trajetória vitoriosa até 7 de maio de 1949 quando em desastre de avião seus atletas e dirigentes encontraram a morte.
A trágica notícia provocou grande comoção em todo mundo.
Em Osasco, duas dezenas de crianças tinham um motivo a mais para chorar a perda.
A confraternização na chácara havia nos aproximado aos ídolos que passamos a considerar nossos amigos.
Lembro-me que as fotos da poderosa equipe grená eram por nós colecionadas com o nome dos craques: Bacigalupo, Ballarin, Tomá, Martelli, Rigamonte, Grezar, Monti II, Castigliano, Gabetto, Mazzola (capitão), Ossola e o técnico Marino Sperone.
“Vamos… Chape!… Vamos Chape!…Vamos Chape!”…
Obrigado irmãos colombianos!
*O trágico desastre da Chapecoense, que o mundo chora, trouxe ao noticiário outras tragédias do esporte. Entre elas inclui-se a do Torino a que se refere post que publiquei em 23/05/2009.
Guaçu Piteri | 03/12/2016
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.