O chamado da floresta: quando a arte se torna voz da Terra

Algumas histórias nascem do silêncio e outras, de um grito.
Foi assim que a escritora Niara Su, natural de São Bernardo do Campo (SP), encontrou sua voz.
Depois de uma trajetória pessoal marcada por desafios e superação, ela transformou sua sensibilidade em um instrumento de denúncia e esperança.

O resultado é Ouro da Floresta, seu primeiro livro, um grito de alerta em forma de arte.
Formada em Direito, Niara sempre foi movida por um olhar crítico e empático sobre o mundo.
Ao se deparar com reportagens sobre o avanço do garimpo ilegal na Amazônia, a violência contra povos indígenas e o colapso ambiental provocado pela exploração desenfreada, sentiu nascer o impulso de escrever.
Unindo o raciocínio jurídico à sensibilidade artística, ela encontrou um caminho para traduzir a dor da floresta em palavras.
“Percebi que poderia unir meu olhar jurídico à escrita criativa para chamar a atenção do público sobre o que acontece na Amazônia”
Niara Su
Inicialmente concebido como um roteiro de longa-metragem, Ouro da Floresta chegou às quartas de final do prestigiado BlueCat Screenplay Competition, nos Estados Unidos, antes de se transformar em livro.
A mudança de formato, porém, ampliou seu alcance e deu nova força à mensagem, uma fusão entre ficção, denúncia e espiritualidade, onde os próprios espíritos da floresta parecem sussurrar suas dores e sabedorias.
Na obra, Niara aborda a engrenagem humana por trás da destruição ambiental, revelando a complexa rede que sustenta o garimpo ilegal, dos pilotos que sobrevoam pistas clandestinas ao impacto devastador sobre comunidades tradicionais e povos originários.
Tudo isso sem abrir mão da beleza poética que envolve a narrativa.
Mais do que um livro, Ouro da Floresta é um chamado à consciência.
É a lembrança de que o ouro que brilha nos mercados pode custar o silêncio das árvores, o envenenamento dos rios e o desaparecimento de culturas inteiras.
Hoje, Niara entende que seu caminho de transformação social se faz pela arte.
E é exatamente isso que ela entrega em cada página: um manifesto literário pela vida, da floresta, das pessoas e do planeta.
REDES SOCIAIS DA AUTORA
OURO DA FLORESTA
SINOPSE
Jonas é um piloto ambicioso que se envolve em um perigoso esquema de garimpo ilegal na Bacia do Tapajós, no Pará.
Seduzido pela promessa de riqueza fácil, ele intercepta informações privilegiadas sobre a maior jazida de ouro do país, localizada em território indígena.
Tais informações eram destinadas a Rocha, um temido líder do crime organizado na região, que fará de tudo para recuperar o que lhe foi subtraído.
Consumido pela própria ganância, Jonas verá suas escolhas causarem efeitos devastadores sobre a floresta e os povos que nela habitam.
Para se libertar, precisará enfrentar as consequências e responder a um chamado interior de redenção.
Sua jornada o conduzirá a uma missão sagrada ao lado de Kayãn, Ayana, Niara, do Pajé e de toda a comunidade indígena: transmitir ao mundo uma mensagem vital dos espíritos da floresta.
Mas antes que essa aliança se forme, eles pagarão um alto preço pelas decisões imprudentes do piloto.
Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube
OBRA DA AUTORA

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Lílian Oliveira Henriques, mais conhecida no meio lítero-cultural como Lee Oliveira, é Tecnóloga em Processos Gerenciais, artesã, poetisa e bookstagram, forma de consumo do objeto livro a partir da comunidade literária da rede social Instagram. Proprietária do Instagram @o.que.li, onde escreve resenhas de livros de autores nacionais e/ou independentes, dando luz a essas obras tão importantes para Literatura Brasileira e que, às vezes, não são valorizadas. Acadêmica da FEBACLA, onde ocupa a cadeira 242, tendo por patrona Elizabeth II, entidade pela qual foi
agraciada com as seguintes medalhas: – Medalha de Mérito Acadêmico
– Medalha Mérito Mulher Virtuosa – Medalha alusiva a 10 anos da FEBACLA – Acadêmica Internacional – Medalha Tributo a Chiquinha Gonzaga
– Destaque Cultural Febacliano 2022 – Comenda Sete Maravilhas do Mundo Moderno. É coautora das antologias ‘Um brinde de Natal’ e ‘Rimas, Versos e Bardos’.

