Guaçu Piteri: ‘Clube das empreiteiras’
1– A Odebrecht e suas consorciadas da organização criminosa “Clube das Empreiteiras” conseguiram o que queriam. Nos acordos de “delação premiada”, exigiram a intermediação da CGU (Controladoria Geral da União) e do MP (Ministério Público Federal). Com essa manobra inseriram, nas negociações, o compromisso de leniência que lhes garante a prerrogativa de seguir celebrando contratos com o poder público para realização de obras, prestação de serviços e obtenção de financiamentos privilegiados em bancos oficiais. Assim, segue escancarada a porta de acesso à voraz ação predatória das empresas corruptoras. Como já foi revelado neste espaço, (v. Blog do Guaçu Piteri “Quem tem medo da Odebrecht; 25/06/2015), os integrantes da força tarefa da Lava Jato, inconformados, seguem alertando para o perigo de manobras que visam livrar as empresas “ficha suja”, da proibição de contratar com o poder público.
Voltando aos desdobramentos da Operação Lava Jato: O rombo de dez bilhões de reais que a Odebrecht se comprometeu a restituir aos cofres públicos, a título de multas, segundo já se admite é apenas a ponta do iceberg. Estimativas recentes, dão conta de que esse valor deve ser multiplicado por cinco para se aproximar da realidade.
Para concluir: Em depoimento na Lava Jato, o patriarca Emílio Odebrecht declarou que se queixara ao “amigo” Lula de que seus “cumpanheiros” haviam evoluído de “jacarés a crocodilos” e estavam com a goela cada vez mais aberta. Mas, mesmo assim, garantia que, os prometidos “presentinhos” – como a construção do estádio do time do seu coração, era assunto resolvido. A obra estaria concluída a tempo de sediar a abertura das Olimpíadas, conforme prometera ao “amigo”. Quanto a miudezas, como contratos de consultoria de mentirinha, ampliação e reforma de sítios e apartamentos de luxo, palestras pelo mundo… O assunto seria garantido pela “Central de Pagamentos de Propina” que, para esse fim, havia sido estruturada na empresa…
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.