Jairo Valio: 'A menina de pés descalços'
“Imaginava-se num palco todo iluminado,/ Onde as amiguinhas se juntavam,/ E todas ao som da música valsante,/ Pareciam borboletinhas azuis voando.”
“Imaginava-se num palco todo iluminado,/ Onde as amiguinhas se juntavam,/ E todas ao som da música valsante,/ Pareciam borboletinhas azuis voando.”
“Lá vai ela deslizante rodopiando nos salões./ Uma Fada Madrinha tirou-lhe da miséria,/ E agora, tal qual uma borboleta que vem beijar as flores,/ Baila como se estivesse flutuando entre as nuvens.”
“A alma do poeta,/ suave como criança que dorme,/ tem seus privilégios,/ pois jamais acalenta ressentimentos,/ tampouco se curva à tentações escusas.”
“Depreciado, tornando-se até vulgar,/ O amor em desequilíbrio está à venda,/ Pois os romantismos então existentes,/ E os apaixonados que lhe dão vitalidades,/ Estão escassos e quase não aparecem,/ E de tão tristes até choram suas perdas.”
“Não tenho o dom artístico do pintor,/ pois vejo cenários com os olhos da Alma,/ que gostaria fossem colocados na tela,/ e aos poucos pincelando todas as cenas,/ um lindo quadro apareceria fulgurante.”
“Como um carinhoso pintor,/ Um pincel mágico utilizaria,/ E como criança brincando./ Ia usando uma cor bem azul,/ Mágica, que se ia espalhando,/ E depois encobriria todo o céu.”
“Após as mutações que sofrem como se fossem crianças,/ Despertando para a vida como se estivessem hibernando,/ Vão mostrando seus esplendores e derramando perfumes,/ Tão inebriantes que atraem admiradores que querem amar,/ E então a brisa vem suave para entregar-lhes com mimos.”