Enriquecer o Natal dos pobres
Um ano se passou e, novamente, estamos a vivenciar mais um período tradicional e muito sensível, no melhor sentido do termo, ou seja: a Quadra Natalícia é, possivelmente, um espaço de tempo muito próprio para estreitar amizades, reunir as famílias, em boa Harmonia, com alegria, paz e felicidade, entre os seus membros.
Este dia do ano, comemorado pelos crentes cristãos, assinalando o nascimento de Jesus Cristo, naturalmente que é experienciado com a maior religiosidade, respeito e várias cerimónias do culto. Sucedem-se, um pouco em todas as Igrejas os rituais próprios das diversas religiões.
Por outro lado, o Natal, na circunstância, em Portugal, é, geralmente um tempo de alegria, de encontros, troca de presentes e onde a gastronomia, relativamente diversificada, em função dos hábitos e tradições de cada região, faz as honras da época e, globalmente, do País.
Em qualquer parte do mundo, onde se celebra o Natal, nas suas duas dimensões: a sagrada e a profana, verifica-se que quanto a esta última, se poderia considerar um período consumista, em que a corrida aos estabelecimentos comerciais é quase uma loucura, de resto, no próprio dia 24 de dezembro, bem ao final da tarde, ainda há quem procure comprar o objeto que deseja oferecera a alguém.
A outra face do Natal, eventualmente, a mais perversa, prende-se com a situação daquelas pessoas sem-abrigo, das famílias que ainda vivem no limiar da pobreza, ou em autêntica miséria. É certo que nesta quadra há dezenas de Instituições sociais e organizações não governamentais e de voluntariado que prestam o auxílio solidário possível, nomeadamente: alimentação condizente com a época, abrigo e higiene.
Por isso mesmo, sempre haverá quem diga que todos os dias deveriam ser Natal, porque assim nunca nos esqueceríamos: dos mais desfavorecidos, dos marginalizado, dos imigrantes e de todos os que, de alguma forma, sofrem de uma qualquer discriminação negativa.
Na verdade, enquanto houver uma pessoa em dificuldade: física, económica, de não reconhecimento da sua dignidade, de uma criança abandonada, de um idoso descartado pela sociedade, de milhares de desempregados sem qualquer apoio social e outras situações atentatórias dos direitos e deveres humanos, que assistem a todas as pessoas, o Natal é mais um dia, no calendário anual.
É claro que não se pretende acabar com o Natal, enquanto houver uma situação inaceitável na comunidade humana. Importa, sim, festejar o Natal, entre todos, com todos e para todos, mas, para que assim possa continuar, é necessário que: se criem condições para que todas as pessoas sejam respeitadas na sua honorabilidade; que possam desfrutar de alimentação, assistência médica e medicamentosa, trabalho, habitação, autonomia e segurança; que quem está privado da liberdade, por qualquer circunstância menos boa da vida, pelo menos possa ser visitada e acarinhada pelos familiares e amigos.
O Natal deve envolver alegria sim, mas também solidariedade, compreensão, tolerância e respeito pela superior dignidade da pessoa humana. O Natal deve unir-nos, os que podem que sejam generosos e ajudem os que precisam, porque de contrário, o Natal passará a ser uma festa de quem menos precisa, da opulência, dos consumos desregrados. Certamente, não terá sido esse, o desejo de Jesus Cristo
Aproveito para vos desejar: Um Santo e Feliz Natal, com verdade, com lealdade, com reciprocidade, se possível, com gratidão, seja no seio da família, seja com outras pessoas, com aquela amizade de um sincero «Amor-de-Amigo», com um sentimento de tolerância, de perdão e muito reconhecimento para com todas as pessoas que, ao longo da minha vida, me têm ajudado, compreendendo-me e nunca me abandonando. É este Natal que eu desejo festejar com muita alegria, pesem embora as atuais restrições e condicionalismos, impostos por uma pandemia cruel e mortífera.
GRATIDÃO. «Proteja-se. Vamos vencer o vírus. Cuide de si. Cuide de todos». Cumpra, rigorosamente, as instruções das autoridades competentes. Aclamemos a vida com Esperança, Fé, Amor e Felicidade. Acreditemos nos investigadores, na Ciência, na tecnologia e instrumentos complementares. Estamos todos de passagem, e no mesmo barco. Tenhamos a HUMILDADE de nos perdoarmos uns aos outros. Alimentemos o nosso espírito com a ORAÇÃO e a bela música.
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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
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Natural de Venade, uma freguesia portuguesa do concelho de Caminha, é Licenciado em Filosofia – Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea – Universidade do Minho – Portugal e pela UNICAMP – Brasil; Doutorado em Filosofia Social e Política: Especialização: Cidadania Luso-Brasileira, pela FATECBA; autor de 14 Antologias próprias: 66 Antologias em coedição em Portugal e no Brasil; mais de 1.050 artigos publicados em vários jornais, sites e blogs; vencedor do III Concurso Internacional de Prosa – Prémio ‘Machado de Assis 2015’, Confraria Cultural Brasil – Portugal – Brasil; Prêmio Fernando Pessoa de Honra e Mérito – Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas do Brasil’ 2016; Vencedor do “PRÊMIO BURITI 2016”; Vencedor do Troféu Literatura – 2017, ‘ZL – Editora’ – Rio de Janeiro – Brasil, com o Melhor Livro Educacional, ‘Universidade da Vida: Licenciatura para o Sucesso’; Cargos: Presidente do NALAP – Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa; ; Condecorações: Agraciado com a ‘Comenda das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker, Brasil’ (2017); Título Honorífico de Embaixador da Paz; Título Nobiliárquico de Comendador, condecorado com a ‘Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral’ pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; Doctor Honoris Causa en Literatura” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.