É sobre cada um
É de verdade?
Essa benfeitoria dita doada,
ora cobrada como moeda
de troca do ‘benfeitor’?
O que seria mais individualista
que mirar no outro o comando
de seguir aquilo que lhe convém?
A diversidade é bela.
Ninguém tem que caber
na ‘caixa’ de ninguém.
O espaço humano do outro
é feito para ser respeitado.
Alcança-se harmonia
entendendo isso.
O cenário diário
já tem tantas mazelas,
para deixar permanecer
ecos desarmônicos
à nossa essência
nos corredores das horas.
É de verdade?
Essa ânsia de dar
prontamente um parecer
na vida familiar do outro,
na vida política e financeira
ou até mesmo religiosa.
Mas no silêncio,
o dono do discurso
encontra inquietação
na própria falta
de autoconhecimento
ou mesmo falta de paz.
Quando que foi ejetado
das pessoas o ensinamento
sobre o benefício do respeito?
O que de fato aconteceu
com alguns laços humanos?
Onde famílias são desunidas,
se aturando nas entrelinhas.
O amor ao próximo
às vezes se mistura
na vaidade e no ego.
E nunca se sabe
o que é de verdade.
Boa parte desses abismos
se vence de um modo…
Quando o outro é visto
como mais um EU.
Os nós são desatados
com respeito e empatia.
Sim… EMPATIA.
Ela deve ser repetida
muitas vezes,
até ser fundida
nas entranhas
da matéria humana.
Todo burburinho,
desamor, desunião
ou ódio
perde espaço
quando se vê
no outro o frasco
para conter e receber
tudo aquilo que você
colocaria no seu próprio.
QUE SEJA DE VERDADE.
Gabriela Lopes
Gabils3377@gmail.com
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Formada em Direito, escritora, mentora literária e artista plástica. Palestrante da Feira Virtual do Livro da França e dos Estados Unidos. Já participou das feiras do livro do Perú e do Uruguai. Ela é Dra. Honoris Causa em Comunicação Social pela OMDDH, signatária do Pacto Global da ONU; Dra. Honoris Causa em Intercâmbio Cultural Brasil-África; Certificação da Academy do Pacto Global da ONU sobre Igualdade de Gênero; Pós em Direitos Humanos; Direito Constitucional; Bacharela em Direitos Humanos com ênfase em ciências sociais pela OMDDH. Bacharela em Direito pela Faculdade UNIPAC, Campus de Teófilo Otoni. Experiência no Ministério Público de Minas Gerais em estágio de pós-graduação na Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Doce (Governador Valadares), atendendo 140 municípios. Membro de academias de letras nacionais e internacionais; Presidente do Instituto AMMAR MINAS; Diretora da Editions Cultive de Genebra; Autora de 6 livros literários, Coordenadora da Revista Cientifíca Multidisciplicar do Instituto Nelson Mandela de Angola- África; Participação do V Simpósio de Português como língua de herança do Japão- Realizado pelo Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu no Japão e pelo Internacional Institute of Education and Culture; ganhadora de 34 premiações nas esferas literárias, acadêmicas e artísticas no Brasil e no exterior.