
Passou dos sessenta
Muitos queriam aqui chegar, mas perderam suas vidas das variadas formas possíveis.
Ser idoso, não deveria ser um peso à sociedade, mas é.
Tudo o que antes já não era muito favorável, agora é pior.
É como se portões da sorte fechassem: as oportunidades de emprego ficam escassas, pois as rugas que trazem em seu rosto mudam do status de experiente para inválido; o plano de saúde triplica, condenando-o à conformidade da caótica situação da falta de vagas em hospitais públicos; as medicações mais necessárias, com absurdos preços não se encontra na farmácia popular e a alimentação saudável que deveria ser acessível é uma verdadeira carestia.
Infelizmente, só os idosos ricos no país, que são a minoria, têm vida digna; os demais tateiam na corda bamba, tentando matar um gigante por dia.
As vagas gratuitas nos transportes públicos nem sempre são respeitadas e se o idoso for reclamar, ainda, perde a razão, mandando-o procurar o que fazer como se ele já nunca tivesse feito.
A maioria não se toca que todo idoso de hoje contribuiu para o progresso do país até aqui, pois foram milhares de dias trabalhados de sol a sol.
É uma vergonha, mas infelizmente, o país não está preparado para envelhecer, não levando em conta que isto está bem próximo a acontecer porque o índice de idosos aumenta a cada dia e logo, logo, seremos um país idoso.
Na vida social, o idoso quase nunca é convidado para as festas, pois alegam que o idoso dorme cedo e, muitas vezes, em festa de família, fica numa mesinha separado porque não tem papo.
Mas hoje no Dia de Idoso, tenho a esperança de um mundo bem melhor, pois o fato de ser idoso não está nas marcas que traz em sua pele e sim, é uma questão mental, pois vemos muitos jovens que não têm a vitalidade de um idoso.
Hoje em dia, o idoso vem lutando para mudar o seu quadro de peso morto: dança, faz ginástica, canta, namora, estuda, participa de vários eventos porque o que o idoso quer é viver com qualidade de vida e a sociedade precisa aceitar este fato, respeitando-o, dando a ele a oportunidade de viver com dignidade.
(Escritora Poetisa Sandra Albuquerque)
Rio de Janeiro/RJ, 1º/10/2021.
- O relógio do tempo - 18 de julho de 2025
- Sintonia do Amor - 12 de junho de 2025
- 31 longos anos do ROL - 5 de maio de 2025
Natural de Duque de Caxias (RJ). Professora, escritora e poetisa. Acadêmica Benemérita e Efetiva da FEBACLA, da qual recebeu, dentre outras honrarias, Comendadora Guanabara, Dra. h. c. em Literatura, Direitos Sociais e Humanitários e Comunicação, Acadêmica Correspondente e Internacional, Grande Prêmio Internacional de Literatura Machado de Assis, Comenda Príncipe dos Poetas, em homenagem ao escritor Olavo Bilac e Comenda Imperador Dom Pedro ll. Pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmatianos, o título Benfeitora das Ciências, Letras e Artes; Título da Real Ordem dos Cavaleiros e Damas do Rei Ramiro Il de Leão; Embaixadora da Paz e Comendadora da Justiça de Paz; pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos -OMDDH, Comenda lnternacional Diplomata Rui Barbosa- ‘O Águia de Haia’. Membro da Academia Caxambuense de Letras-ACL e da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo. Colunista do Jornal Cultural ROL. Coautora em várias Antologias, dentre elas, Florbela ll , Rasgando a Mordaça, Collectânea Sonata Poética da Liberdade, Semeando Versos e Sarau Integração Cultural pela ACL. Participação na V FLAVIR e Destaque Social Personalidade 2020 e 2021.


