Instruir-se para competir
O ser humano é um todo, complexo, único, indivisível, inimitável e irrepetível. Cada pessoa é verdadeiramente, singular, dotada de características biopsíquicas e espirituais infalsificáveis, portanto, deve ser pensada como tal, merecer uma atenção muito especial e, jamais, poderá ser “coisificada”. As múltiplas dimensões da pessoa humana postulam, por conseguinte, diferentes intervenções, contudo, mantendo a integralidade e unicidade, próprias da sua condição superior.
Quando se abordam a educação, a formação e a cultura da pessoa humana, pretende-se melhorar e defender, justamente, não só aquelas como as demais dimensões, ou seja: uma preparação integral para que ela se insira e vença num mundo altamente competitivo, onde reinam os mais sofisticados processos de concorrência, de captação de clientes, fornecedores, colaboradores, equipamentos e toda uma panóplia de recursos que facilitam o sucesso, infelizmente, nem sempre obtido pelos procedimentos mais corretos, justos, legítimos e legais.
A disponibilidade para aprender e a vontade indomável de acrescentar mais conhecimentos, são duas excelentes qualidades da pessoa que deseja continuar a valorizar-se, a melhorar a sua autoestima, mas é preciso ter alguma A competitividade de uma empresa também passa, necessariamente, pelo maior, ou menor, nível de escolaridade e formação dos seus colaboradores.
Hoje, por si só, o Saber-fazer, sendo muito importante e imprescindível, não é o único que se deseja, numa formação integral, que contempla várias dimensões do conhecimento, como os: Saber-ser, Saber-estar e o Saber-conviver-com-os-outros, porque o ser humano não é uma máquina que, a partir de um comando eletrónico, funciona de acordo com um determinado programa, previamente introduzido pelo homem.
Atualmente, a legislação laboral portuguesa já prevê que as instituições sejam obrigadas a ministrar formação profissional, normalmente, em áreas específicas, relacionadas com as respetivas funções dos colaboradores, mas também em domínios ético-culturais, relacionamento interpessoal, gestão do tempo, motivação e liderança, entre outros porque, justamente, a pessoa humana tem princípios, valores, sentimentos, emoções, projetos profissionais, familiares e até sociais, enfim, objetivos de vida que deseja alcançar.
Facilmente se comprova o nível de competitividade, através da produtividade, rigor, inovação para procedimentos e produtos diferentes, com detalhes singulares bem identificados para o cliente, que são do agrado dos consumidores e é por isso que a formação deve abranger todo um conjunto de saberes. O investimento na formação de todos os colaboradores da instituição, abrangendo administradores, diretores e demais chefias, proporciona elevados retornos, incluindo o prestígio, credibilização e a expansão da instituição.
A valorização profissional, de qualquer trabalhador, é um dos fatores que o leva a sentir-se realizado na organização onde exerce a sua atividade. É claro que estar integrado numa instituição, que lhe permite progredir num sistema hierárquico vertical, com todo um conjunto de benefícios: remuneração, complementos, estatuto, poder e reconhecimento, são outras tantas razões para que um tal trabalhador se automotive para atingir a categoria máxima.
Atualmente, e ao contrário do que muitos “dirigentes” e trabalhadores pensam, é fundamental que as instituições, qualquer que seja a sua natureza e de todas as áreas de atividade, elaborem, executem e consolidem um Plano de Formação Profissional Contínua, que avaliem, objetivamente, os resultados alcançados, introduzindo, periódica e sistematicamente, todas as atualizações que se mostrem necessárias, em ordem a competirem com qualidade, inovação, diferenciação em tempo útil.
Educação e formação são, portanto, dois carris muito importantes na vida de uma pessoa. Claro que há mais “linhas”, que vão conduzir a um mesmo destino que é a evolução, a satisfação, o bem-estar e a felicidade do ser humano (felicidade, aqui tomada no conceito que cada pessoa entender, desde que lhe confira tranquilidade pessoal, nas diferentes dimensões: física, psicológica, intelectual, princípios, valores, sentimentos e lhe proporcione os aspetos materiais necessários a uma vida confortável).
Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal
NALAP.ORG
http://nalap.org/Directoria.aspx
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Natural de Venade, uma freguesia portuguesa do concelho de Caminha, é Licenciado em Filosofia – Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea – Universidade do Minho – Portugal e pela UNICAMP – Brasil; Doutorado em Filosofia Social e Política: Especialização: Cidadania Luso-Brasileira, pela FATECBA; autor de 14 Antologias próprias: 66 Antologias em coedição em Portugal e no Brasil; mais de 1.050 artigos publicados em vários jornais, sites e blogs; vencedor do III Concurso Internacional de Prosa – Prémio ‘Machado de Assis 2015’, Confraria Cultural Brasil – Portugal – Brasil; Prêmio Fernando Pessoa de Honra e Mérito – Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas do Brasil’ 2016; Vencedor do “PRÊMIO BURITI 2016”; Vencedor do Troféu Literatura – 2017, ‘ZL – Editora’ – Rio de Janeiro – Brasil, com o Melhor Livro Educacional, ‘Universidade da Vida: Licenciatura para o Sucesso’; Cargos: Presidente do NALAP – Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa; ; Condecorações: Agraciado com a ‘Comenda das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker, Brasil’ (2017); Título Honorífico de Embaixador da Paz; Título Nobiliárquico de Comendador, condecorado com a ‘Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral’ pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; Doctor Honoris Causa en Literatura” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.