Primaveril
A brisa suave da manhã chega de mansinho, iluminada pelos raios nascedouros do sol reluzente no firmamento que anuncia o início de um novo mês neste ano de 2022.
Agosto findou… Mês do meu aniversário, que traz recordações de minha família, infância, juventude…
Os Bem-te-vis, maritacas, gatos e o jabuti, cantarolam cada um na sua linguagem, formando uma música suave, especifica, amorosa.
O jabuti anda no quintal, vez ou outra olha para a porta da cozinha, na espera de seu desjejum.
O beija-flor sobrevoa a cozinha anunciando sua presença, o sapo coaxa dando bom dia.
Assim, iluminados pelo Sol, as folhas das árvores dançam compassadamente embaladas pela brisa matutina como se fosse um balé sinfônico se apresentando no palco da vida.
Chegou setembro esperançoso, florido, aquecido, nos mostrando a alternância do ciclo da natureza e a continuidade de seus quereres.
Saber esperar é uma dádiva!
A chuva e o frio passam, não me aludo às coisas grandiosas, mas a pequenos deleites que podem passar despercebidos no corre-corre diário de muitos afazeres transformando-se em algo luxuoso como: ler um livro, prosear com um amigo, responder aos inúmeros ‘bons-dias’ no chat, e-mails, zap, grupos.
Nesse contexto vivencial o cheiro forte do café fumegante espalha-se por todo o ambiente, convidando a todos a celebrar o novo dia acompanhado do pão de queijo que sai do forno quentinho direto para ser saboreado na mesa formada pela família… o café é servido…
Nesse contexto ainda que pouco, mas, epidêmico, uma nova sociedade se forma, mais amorosa, resiliente, consciente e companheira.
A dor do outro é a minha dor, o vírus da covid 19 ainda contamina, um pouco mais leve, deixando seu rasto de dor.
Tudo nos leva a uma reforma íntima, como as folhas das árvores que desprendem de seus galhos e, caem no solo, dando lugar a novas folhas, mais verdes, brilhantes. Novo ciclo vai surgindo…
Setembro tem sabor de recomeço, novidades, de flores coloridas, cantos de pássaros, sol escaldante e aquecedor, que se reflete no brilho dos olhos das pessoas tornando o sorriso e o caminhar terreno mais brando e esperançoso.
Nesse momento, de amanheceres, revejo rotas, redefino objetivos e o fazer a que me propus, realizo com alegria, sem pressa, pois para tudo há o momento exato.
Plantar, semear, regar, adubar é imprescindível para que a colheita seja abundante!
O momento é reflexivo, esperançoso, amoroso e de agradecimento.
Magna Aspásia Fontenelle
Uberaba,1 de setembro de 2022.
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Natural de Carolina (MA) e residente em Uberaba (MG), é professora, escritora e jornalista. Máster en Formación de Profesores de Español LE. Universidade de León-UNILEON-Espanhã; Dra em Filosofia Universica, consagrando-se por mérito em Philosophos Immortalem-Ph.I.; Dra. h.c. em Literatura pela FEBACLA. Organizadora de vários Congressos, seminário, mesas-redondas enfatizando a formação continuada de professores e literaturas, saraus, cantaraus, entrevistas dentre outros. Membro Fundadora Imortal e presidente da Academia de Letras do Brasil Seccional Uberaba-Minas Gerais (ALB). Membro Fundadora e presidente da Academia Alternativa Pegasiane Brasil/Albânia (AAP-Brasil). Colaboradora da Revista Aristos Internacional -Portugal-Espanha; Colunista do Jornal ROL; Delegada Cultural para o Triângulo Mineiro da FEBACLA). Membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira-FOCUS Brasil New York. Agraciada com várias honrarias, como: Medalha Mandacaru- Selo Enseada das Letras -Recife (PE); Guardiã Perpétua do Patrimônio Cultural do Triângulo Mineiro (FEBACLA-RJ). Troféu Carlos Drummond de Andrade-Itabira-(MG); Acadêmica Benemérita e efetiva da FEBACLA. Título de Cidadania Uberabense (MG); Grande Prêmio de Honra Gonçalves Dias e título de Condessa Fontenelle pela Casa Imperial dos Godos do Oriente, dentre outras.