Propósito e Amor
Acredito firmemente em propósitos, e naquele velho ditado que diz: “Não cai uma folha da árvore se Deus não deixar”. Analisando essa passagem, eu compreendi os propósitos em cada situação que venho vivendo ultimamente.
Nossas lutas diárias, nossas decepções, nossos medos e inseguranças, as aflições, os desenganos e os desencantos, tudo isso vem para nos ensinar, nos moldar, nos encorajar e fazer de nós pessoas melhores.
Não busco mais compreensão das pessoas, mas a paz comigo mesma.
Às vezes, o coração chora de soluçar, quando não se sente livre para amar e ser amado. Infelizmente, amar se tornou uma troca material para muitos, e, por isso, o amor perde a cada dia a sua verdadeira virtude, sua essência.
Já acreditei nesses amores modernos, apreciei, quis vivê-lo. Um amor descompromissado e sem exigências, desses que você ama de palavras, mas, no fundo, só quer os prazeres momentâneos que esse amor estranho proporciona. Entretanto, hoje, ao olhar-me fixamente no espelho da minha penteadeira, tive uma conversa comigo mesma. O espelho me disse coisas horríveis e eu apenas concordei e chorei. Chorei descontroladamente. Não contente, porém, submissa ao meu reflexo e sua dura verdade.
O meu reflexo gritava comigo, me disse coisas que eu realmente não gostaria de ouvir. Eu, simplesmente, abaixei a cabeça e aceitei a correção. É isso, às vezes é preciso bater de frente consigo mesmo para não entrar em conflito com nossos acusadores. Afinal, a dor de olhar a realidade nos olhos é, sem dúvidas, melhor do que olhar o desprezo e o sentimento de ódio no olhar das pessoas que só vivem esperando um vacilo nosso, para ter o prazer de nos apontar, nos humilhar e dizer que não sabemos amar.
O espelho também me disse muito sobre o amor que muitos dizem sentir, mas que não passa de puro egoísmo.
O meu reflexo me disse: Ah, minha querida Verônica, você não tem ideia do amor que você merece e precisa. Você sempre acreditou naquele amor, que vence tudo, inclusive você própria, um amor que só via o próprio interesse sem se importar com os seus intentos. Você já chegou tantas vezes no limite e, mesmo ferida, você voltou. Como você foi e tem sido negligente consigo mesma! Não está pensando em si. Você pode ser muito feliz, sem passar por cima de ninguém. Afinal, o que é para você, tem de ser leve e suave como a brisa da manhã. Seja verdadeira com todos, mas seja fiel com seus sentimentos, e se não é recíproco com você, aprenda de uma vez por todas dizer adeus.
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira