Resenha do livro “Lurifel”, de Felipe Souza, pela Editira Uiclap
RESENHA
Um mago investiga e segue pistas do sequestro de crianças.
Este é o pano de fundo de batalhas desta aventura fantástica.
E os protagonistas são uma dupla improvável, o mago e uma guerreira, que também procura pelas crianças e se junta ao mago nesta caçada implacável.
Uma história dinâmica, cheia de aventuras e seres cruéis.
Super recomendo!!!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SOBRE A OBRA
Felipe nos conta que a ideia de Lurifel surgiu há alguns anos, quando ainda estava na escola e jogava RPG com mais frequência, e amigos pediram que criasse um universo novo, que não fosse já criado dos livros; então, veio o primeiro rascunho de Lurifel; porém, foi anos depois, após ter começado a ler as obras de H.P. Lovecraft, que a versão oficial desse universo veio.
Os vilões desta obra são inspirados na banda Slipknot, as entidades dos mitos de Cthulhu e a maior inspiração para tornar Lurifel em um universo sombrio é o jogo Bloodborne, onde o mundo era tomado pelas trevas e a insanidade de forma que um mero civil pudesse ser alguém perigoso para todos.
Quando Felipe começou a escrita de Lurifel, ele queria criar o seu próprio “Senhor dos Anéis”, onde desenvolveria um universo que fluiria através dos volumes.
A visão e personalidade dos personagens não é preto e branco, como nos conta o autor, eles têm suas camadas, observam o mundo de forma diferente, além de enfrentar dogmas e conceitos que muitas vezes vão contra as suas visões de mundo.
De uma forma muito autêntica, Felipe veio mostrar que um guerreiro nobre que sai em uma missão, pode ser morto antes de chegar ao seu destino, por um bando de vampiros, lobisomens ou até de ladrões à espreita.
Mostra um realismo que é esquecido em muitas obras atuais, e isso cria um universo mais pé no chão e deixa a imersão mais intensa para o leitor, que pensa que o personagem do qual ele passa a gostar e admirar, pode morrer na próxima página.
‘Lurifel é uma obra onde eu coloco toda a perspectiva da minha vida e de como eu vejo o mundo, onde a realidade é vista de forma linda e falsa, porém nas entrelinhas da narrativa, a insanidade toma conta aos poucos do mundo.
Eu tento sair do clichê do gênero fantástico, onde o motivo da narrativa é algo banal e sem consequências, pois é isso que faz com que Lurifel seja diferente.
O ponto onde faz com que Lurifel seja do gênero Dark Fantasy, é o fato de eu ver que o mundo não é bonito, que a morte caminha entre nós todos os dias e as guerras não são bonitas e gloriosas como retratado nos filmes norte americanos, os traumas cotidianos, perdas inesperadas e acontecimentos bizarros compõem não apenas o meu mundo fictício, mas também o mundo real, isso vem da minha inspiração nos livros da série The Witcher, Senhor dos Anéis e alguns mangás como Jujutsu Kaisen e Demon Slayer.
Lurifel é o resultado de um amor incondicional pela cultura pop e pela minha busca por conhecimento, pois sinto que esse universo tem muita história para ser contada e que muitas surpresas virão com o tempo.’
Felipe Souza
SINOPSE
Em um mundo sem sol, engolido pelas trevas, com reinos sendo amedrontados por criaturas sedentas por sangue vindas da própria corrupção da terra.
Um mago chamado Balthazar e uma guerreira chamada Nakir se juntam em uma busca incessante para encontrar um grupo de crianças que estão desaparecidas.
Porém, essa busca os levará até uma conspiração que pode acabar não apenas com a vida das crianças, mas com a vida de todos os reinos de Lurifel.
SOBRE O AUTOR
Felipe Caitano de Souza tem 27 anos.
Está finalizando o curso de Letras – Licenciatura em Língua Portuguesa e Inglesa.
Professor de inglês.
Se denomina um nerd de nascimento.
Ouvinte de Heavy Metal e jogador fanático de RPG.
É fanático por revistas em quadrinhos, filmes, livros de inúmeros gêneros como fantasia, terror e ficção científica.
Amante da literatura, vê nos livros uma forma de fugir do mundo e viajar na própria mente, podendo ser um guerreiro medieval e até um cientista louco.
Ele acredita que uma pessoa que lê vive não apenas uma vida, mas vive mil vidas.
OBRA DO AUTOR
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Lílian Oliveira Henriques, mais conhecida no meio lítero-cultural como Lee Oliveira, é Tecnóloga em Processos Gerenciais, artesã, poetisa e bookstagram, forma de consumo do objeto livro a partir da comunidade literária da rede social Instagram. Proprietária do Instagram @o.que.li, onde escreve resenhas de livros de autores nacionais e/ou independentes, dando luz a essas obras tão importantes para Literatura Brasileira e que, às vezes, não são valorizadas. Acadêmica da FEBACLA, onde ocupa a cadeira 242, tendo por patrona Elizabeth II, entidade pela qual foi
agraciada com as seguintes medalhas: – Medalha de Mérito Acadêmico
– Medalha Mérito Mulher Virtuosa – Medalha alusiva a 10 anos da FEBACLA – Acadêmica Internacional – Medalha Tributo a Chiquinha Gonzaga
– Destaque Cultural Febacliano 2022 – Comenda Sete Maravilhas do Mundo Moderno. É coautora das antologias ‘Um brinde de Natal’ e ‘Rimas, Versos e Bardos’.