Inspetor Sopa, um detetive que atravessa os mistérios e encantos da vida urbana no Brasil
Inspetor Sopa já investigou o desaparecimento da filha de um bicheiro e a morte de uma portuguesa no interior do Rio de Janeiro, mas agora adentrará o imponente e histórico Mosteiro de São Bento da capital carioca para solucionar o assassinato de um monge
Com ares de Sherlock Holmes e o carisma típico dos brasileiros, o detetive se envolve em um novo caso no livro Inspetor Sopa e o crime do mosteiro, segundo volume da série policial escrita por Andréa Gaspar.
A arma utilizada pelo assassino foi uma adaga, objeto comum na coleção de uma abadia, e a única impressão digital colhida é a do funcionário responsável pelos serviços gerais do local.
Com essas informações e apoiado pelos parceiros Trombeta e Brunão, o protagonista conversa com várias pessoas ligadas ao crime.
Entretanto, a apuração dos fatos vai se revelar mais complexa a cada página, porque, depois da primeira morte, outros mistérios começam a ocorrer em igrejas pela cidade e levantam a hipótese de que exista um serial killer de padres.
Na intenção de construir uma obra repleta de suspense, depoimentos imprecisos de suspeitos e pistas que suscitam curiosidade, a autora fez um curso de detetive particular para inserir os leitores no universo do crime.
Ela também utilizou sua formação acadêmica para elaborar a narrativa de maneira precisa: formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo e trabalhou em dois escritórios de advocacia criminal.
Além desses elementos que estreitam os limites entre ficção e realidade, Andrea Gaspar apresenta o personagem principal como um “flâneur”, que vaga sem rumo pelas ruas em busca de lazer.
É a partir das andanças de Sopa que o público atravessa botecos e conhece a cultura, a história e a gastronomia da região.
O Sopa se dirigiu à Leiteria Mineira para tomar o café da manhã.
A Leiteria foi inaugurada na Galeria Cruzeiro, que fazia parte do Hotel Avenida, na Rio Branco, Centro do Rio.
Em 1950 demoliram o Hotel, e a loja se mudou para a rua São José.
Depois, já na década de 1970, mudou-se para a rua da Ajuda, onde está até hoje.
O Sopa gostava de ficar ali, onde ninguém o perturbava, refletindo sobre o andamento dos casos, especialmente no inverno. (Inspetor Sopa e o crime do mosteiro, p. 86).
A obra não traz apenas um enredo investigativo, mas também curiosidades que demonstram as complexidades e as belezas do Brasil.
Aborda a relação entre o angu, Tom Jobim e o surgimento do samba-jazz; a formação da primeira favela do país povoada pelos soldados que participaram da Guerra de Canudos e retornaram ao lar com a promessa de uma casa, mas nada receberam; o simbolismo da Pedra de Sal para o samba e a população negra; entre outros temas.
A saga policial Inspetor Sopa terá continuidade com o lançamento de Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento.
Neste terceiro volume da série policial, o famoso detetive viaja até São Paulo para o casamento da irmã e se envolve em uma situação inusitada.
O acontecimento misterioso fará o colega Trombeta sair do Rio de Janeiro para ajudar a Polícia Militar na capital paulistana, ao passo que explora o Brás e o centro paulistano.
FICHA TÉCNICA
Título: O inspetor sopa e o crime do mosteiro
Autora: Andréa Gaspar
Editora: Cambucá
ISBN: 978-65-88360-65-1
Páginas: 216
Preço: R$ 50 (físico)
Onde encontrar: Editora Cambucá
Sobre a autora
Andréa Gaspar é escritora, roteirista, dramaturga, produtora, diretora, atriz e professora de português para estrangeiros.
Bacharel em Letras e em Direito, com especialização na Formação de Escritores, publicou seis livros, entre eles “Passante poeta” (2018), “Despedaços” (2015) e “Licor de Pequi” (2014).
Em 2019, lançou o primeiro romance policial “Inspetor Sopa e o último copo”, que se tornou uma saga com os livros “Inspetor Sopa e o crime do mosteiro” e “Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento”, com publicação prevista para 2024.
Com a série literária, recebeu o prêmio durante o VIII Talentos Helvéticos-Brasileiros, promovido pela editora suíça-brasileira Helvetia.
Redes sociais da autora:
Instagram: @andreagasparescritora
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Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/
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Lílian Oliveira Henriques, mais conhecida no meio lítero-cultural como Lee Oliveira, é Tecnóloga em Processos Gerenciais, artesã, poetisa e bookstagram, forma de consumo do objeto livro a partir da comunidade literária da rede social Instagram. Proprietária do Instagram @o.que.li, onde escreve resenhas de livros de autores nacionais e/ou independentes, dando luz a essas obras tão importantes para Literatura Brasileira e que, às vezes, não são valorizadas. Acadêmica da FEBACLA, onde ocupa a cadeira 242, tendo por patrona Elizabeth II, entidade pela qual foi
agraciada com as seguintes medalhas: – Medalha de Mérito Acadêmico
– Medalha Mérito Mulher Virtuosa – Medalha alusiva a 10 anos da FEBACLA – Acadêmica Internacional – Medalha Tributo a Chiquinha Gonzaga
– Destaque Cultural Febacliano 2022 – Comenda Sete Maravilhas do Mundo Moderno. É coautora das antologias ‘Um brinde de Natal’ e ‘Rimas, Versos e Bardos’.