setembro 18, 2024
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Corro atrás do tempo

Nilton da Rocha: Poema ‘Corro atrás do tempo’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
“No amanhecer tão belo e apressado, corro atrás do tempo, não posso ser tardado
Imagem criada pela IA do Bing

No amanhecer tão belo e apressado,
Corro atrás do tempo, não posso ser tardado,
O amanhã não cessa, impõe-se com vigor,
Tenho pressa de viver, não há tempo a perder, só amor.

Deságua em versos rápidos o fluxo da existência,
Sem saber ao certo a próxima sentença,
Lágrimas caem como poesia não escrita,
Em cada chão, uma história aflita.

O vate profetiza o amor que a prende,
Em um destino entrelaçado que se estende,
Os olhos marejam, as mãos seguram a dor,
A espera se alonga, mas o amanhã traz vigor.

Monotonia vencida apenas pela emoção austera,
Uma espera longa, mas não passageira,
O dia se vai, o Sol não se atrasou,
No ciclo implacável do tempo, o amor se firmou.

Nilton da Rocha

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