José Antonio Torres: Poema ‘A moldura e a tela’
Me dispo das armaduras e fingimentos
Que afloram do mundo de falsidade;
Tormentos sentidos, oriundos da maldade,
Que transformam nossa vida em sofrimentos.
A beleza e a felicidade se perdem,
Encarceradas pelas torpezas vis
De seres aniquilados e servis,
Que se arrastam por lamaçais que não cedem.
Não importam as belas molduras,
Elas não retratam o verdadeiro esplendor,
Não passam de meras bordaduras.
Esquecem que a delicadeza, exuberante ou singela,
Que provoca em nossa alma, emoção ou ardor,
É a essência da beleza que resplandece na tela.
José Antonio Torres
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JAT, concordo com você de que as molduras “não passam de meras bordaduras”. Em relação às pessoas, lembro sempre da frase do Sublime Mestre, quando se referia aos escribas e fariseus, considerando-os a sepulcros caiados!
Exatamente assim, Sérgio.
Muitas pessoas se encantam com belas molduras (aparência, etatus, enfim, o verniz) e esquecem de apreciar a essência humana, a tela.
Gostei demais!! Leitura prazerosa logo pela manhã torna o dia mais radiante!
Muito obrigado pelo carinho e por suas palavras sempre estimulantes, Maurício!
Perfeito, meu amigo!
As molduras até podem ajudar, mas a essência, é que é o mais importante.
Assim é, Regina.
Quando entendermos que a moldura é apenas a apresentação, mas que o verdadeiro valor e a beleza estão na tela, daremos um grande passo para a nossa evolução moral e espiritual.
Obrigado pelo teu carinho de sempre.