Nilton da Rocha: Poema ‘Saudade do eco’
Saudade, eco dos dias que se foram Lembranças,
Fragmentos, em minha mente se entornam.
Meu coração, confuso, busca por ti, perdido,
Num labirinto de memórias, num passado já esquecido.
Procuro teu olhar na névoa da saudade,
Nostalgia que me envolve, tua ausência, uma verdade.
Sinto tua presença, mesmo sem te ver,
Teus olhos, teus desejos, onde estarão a esconder.
Será que se lembras de nós, de nossas loucuras?
Conto as horas, os dias, na espera, sem pressa.
Será que teus pensamentos ainda me encontram?
Atrevo-me a desejar-te, em cada momento que demandam.
Onde estás neste mundo vasto, na vida ou além?
Aguardando teu retorno, me vejo sem ninguém.
Minha alma chora, sem teu toque, sem teu abraço,
Teu perfume ainda dança suave, num espaço.
Nilton da Rocha
Contatos com o autor
- Suas palavras exalam perfume de flor - 31 de agosto de 2024
- Doce cafuné - 22 de agosto de 2024
- Saudade do eco - 10 de agosto de 2024
Nilton, a sua saudade do eco também é minha, ainda que não em relação à mulher amada, pois na minha infância, a rua onde morava, relativamente curva, tinha eco e eu vivia ‘curtindo’ ouvir minha voz de volta.